Nahum Sirotsky foto:GuaracyAndrade |
A premiação foi concedida durante uma cerimônia na embaixada do Brasil em Israel.
"O jornalismo foi minha primeira profissão e, com alguns intervalos em trabalho diplomático e assessorias, a única. Foi paixão à primeira experiência", conta Nahum.
A medalha do pacificador foi criada em homenagem ao duque de caxias,patrono do exercito nacional em 1953 e é concedida a militares e civis,brasileiros ou estrangeiros.
Brasão do Duque de Caxias: escudo partido de
dois traços e cortado de um; no primeiro as Armas de Silva, no segundo
as de Affonseca ou Fonseca, no terceiro de Lima, no quarto as de
Brandão, no quinto as de Soromenho, no sexto e último as de Silveira. E,
por diferença, uma brica de prata com farpão de negro. Coroa de Duque
...que se tenham tornado credores de
homenagem especial do Exército, por serviços a ele prestados; |
Aos 82 anos, e há sete como correspondente iG, Nahum é um dos repórteres mais experientes do jornalismo brasileiro.
Nahum, que foi contratado
para a reportagem geral e passou a trabalhar com Francisco Alves Pinheiro, a
quem diz dever quase tudo o que aprendeu sobre jornalismo. Nahum, que até
então queria ser pesquisador, acabou se apaixonando pela profissão.
Ainda em "O Globo" o jornalista fazia a cobertura do Itamaraty. Cerca de um
ano depois, foi enviado para um posto no Exterior, posição considerada
prestigiosa nas redações e normalmente destinada a profissionais tarimbados.
Entre 1945 e 1947, Nahum foi correspondente nos Estados Unidos.
"Rodei o mundo", recorda-se ele, "conheci as maiores personalidades, da
política e do crime. Sofri medo em guerra". Sobre seu gosto pelo jornalismo
internacional e sua experiência na área, Nahum destaca a importância do
aprendizado constante do jornalista: "Não basta saber em que consiste e como
se estrutura a notícia", diz. "Vir ao Oriente Médio ignorante da sua história,
do seu papel na criação da civilização, é desperdiçar dinheiro da mídia, é se
perder no meio da sua complexidade".
A primeira visita de Nahum a Israel, onde vive hoje, foi em 1964, como hóspede
do governo. Em 1965, voltou ao país como adido da embaixada brasileira.
Além de "O Globo", Nahum passou pelas
revistas "Manchete" e "Visão", além de ter sido responsável pelo lançamento da
revista "Senhor", que revolucionou a imprensa brasileira no começo dos anos
1960 (ali começaram os jornalistas Paulo Francis e Telmo Martino e se
consagrou como artista gráfico o pintor Carlos Scliar, diretor de arte da
revista).
Nahum passou também pelos jornais "O Estado de S. Paulo" e "Jornal do Brasil".
Hoje ele vive em Israel, de onde escreve sua coluna para o Último Segundo. O
jornalista, que tem 60 anos de carreira, trabalha inclusive de madrugada para
ter sempre notícias atuais. "Cada texto meu representa horas de trabalho,
pesquisa e anos que passei aprendendo", diz ele.
"Nossa missão é viver e compartilhar o que vivemos para servir o leitor ou
ouvinte. Aprendi com grandes mestres, brasileiros e estrangeiros, que não
devemos tentar ser bússola e, sim, mapas tão bem elaborados quanto possamos
traçá-los. E repassá-los para que cada um decida como ir aonde quer chegar",
reflete o colunista.
(
https://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2007/08/24/correspondente_ig_e_homenageado_com_a_medalha_do_pacificador_977623.html)Leia aqui os artigos de Nahum Sirotsky
(Nahum Sirostsky nasceu no Rio Grande do Sul em 19de Dezembro de 1926,é o atual correspondente da Zero Hora,da RBS e do Último Segundo/IG em Israel )