POETAS
Cássia Vicente/Faffi/Marcial
Salaverry/Marici Bross/Marly Caldas/Lúcia Trigueiro/Eme Paiva/Eliana Braga/Thais S Francisco /Jorge Linhaça/ Rosa Magaly
Guimarães Lucas/Melliss/Jesus Ramos/Osvaldo Brito/Alexandre Oliveira/Marcos
Loures/Rose Lima/Luli Coutinho/Théo Drummond/Avany Morais/Márcia Dip/Andrade
Jorge/Diógenes Davanzo/Águida Hettwer/Edna Berta/Maria Petronilho/Sonhos:
Arneyde T. Marcheschi- Zelisa Camargo-Maria Thereza Neves-Margaret
Pelicano-Inês Marucci/
josemir
tadeu/rivkahcohen
Strauss Jr. se notabiliza como "Rei da valsa"
Biografia
Johann Strauss 2º entrou para a história da música clássica
como o "rei da valsa". Sua fama sobreviveu ao tempo. Ainda hoje é lembrado pelos
acordes de "No Belo Danúbio
Valsa do
sonho
Cássia
Vicente
Pra você estou
guardando
a última
valsa...
Antes que eu me
vá
quero ter-te em meus
braços,
rodopiar pelo salão
sentindo
teu corpo
bem juntinho ao meu...
Quero sentir-te bem
perto,
ouvir tua respiração
ofegante,
o acelerar de teu
coração...
quero tuas mãos suando
junto a minha,
teu corpo enrijecido de
paixão...
Antes que eu me vá
quero dizer-te o quanto
amo você,
dar-te um longo beijo
apaixonado...
depois sim posso
ir-me...
abrir os olhos...dizer bom
dia ao dia
ainda sentindo teu corpo
no meu...
Se...você
corresponder...
podemos nos
encontrar
nas noites
deste vasto céu azul,
valsarmos na luz da
lua,
nos amarmos sem
culpa
até o dia
amanhecer...
Azul", usados na trilha sonora do clássico do cinema "2001 - Uma Odisséia
no Espaço (1968), filme de Stanley Kubrick (1928-1999), um dos maiores diretores
do mundo.
Sinfonia
2
Faffi
Ouço as batidas do meu
coração,
parece uma sinfonia...
A batidas se aceleram,
diminuem, voltam
a acelerar
É a sinfonia do, do -re- mi -fa...
É um violino tocando
Um
vilolão arranhando
Um piano teclando
a mais doce canção...
Minha cabeça
rodopia
meus pés saem no embalo
da suave melodia...
Minhas mãos ficam
embaladas
como a batuta de um maestro
regendo a orquestra,
seguindo
seus músicos
dando show de perfeição.
É exatamente assim,
a sinfonia
do meu coração.
**Silvia Giovatto *
*
A
MAIS LINDA CANÇÃO
Marcial
Salaverry
A
mais linda canção,
sai de nosso coração,
ao estarmos amando...
O amor
nos dominando,
a ele nos entregando,
esta melodia dançando,
esta música
suave
que nos embala a alma,
uma dança que excita e acalma...
Não
temos necessidade
de tentar a felicidade,
porque de verdade,
já a temos
dentro de nós...
Nossos corpos se entendem,
e a esta música se
rendem...
Vamos então o amor viver,
enquanto música houver...
Essa é a
vida
sem despedida...
A música de nossa
vida...
*
NOSSA SINFONIA
Marici Bross
Nossa sinfonia
É puro amor
Somos
três pessoas
Somos 3 almas gêmeas
Cantamos e poetamos
Por este mundo
afora
E assim é nosso viver
Ao som desta sinfonia
Somos o amor, a
vida
A PAZ!!
Somos 3 amigos
Somos 3 irmãos
Somos 3 almas
Que unidas
São uma só
Somos a vida e o amor!
Somos a PAZ, tão
almejada
E tão esperada
Para nosso mundo
Que será de
amor.
*
O compositor nasceu em Viena no dia 25 de outubro de 1825. Era o filho
mais velho da família Strauss de compositores de valsas. Seu pai era Johann
Strauss (1804-1849), que no início não queria que o filho seguisse a árdua
carreira musical. Os irmãos eram Josef Strauss (1827-1870) e Eduard Strauss
(1835-1916), também compositores. Vale lembrar que, além do sobrenome homônimo,
a célebre família austríaca não tem nada a ver com o músico alemão Richard
Strauss (1864-1949).
Sonho numa noite de
luar
Marly
Caldas
Numa noite muito
escura
Embora escura fosse
pura
Uma estrela caiu do
céu
Sobre um povoado ao
léu
Iluminou os
campos
as
montanhas
Os rios , o
lago
Que
estranho!
Tudo se
transformou
Tudo se
iluminou
Todos
dormiam
e por isso não
viam
o que se
passou!
Menos
eu,apavorada
via aquela luz
estática
parada e
azulada
Apenas
brilhava
E eu
olhava
e nada
entendia
do que via ou
sentia
Uma paz
imensa
se espalhou pelo
lugar
a luz
intensa
diminuia,
sumia
E eu queria
acreditar
naquilo que
via
Mas estava era a
sonhar
numa noite de
luar!
Autor também de "Vozes da Primavera", "Contos dos Bosques de Viena" e "O
Morcego", Strauss Jr. tem uma obra extensa, já que começou cedo, aos seis anos.
São mais de 550 composições, que podem ser divididas em quatro grandes
categorias --valsas, polcas, marchas e quadrilhas. Compôs também uma óperas e
diversas operetas
QUERO UM
AMOR
Lucia Trigueiro
Designada
por um conceito
que não seja imaginário
ser modelo
como sentimento
essência conforme o teu desejo
toda amplitude
ou força do
seu significado.
Quero
ser estrela guia
brilhando teu caminho
luminosidade
intensa em tua vida
ser emissora da tua energia
teu
objetivo tua razão
Ser a
dimensão do teu futuro
penetrar em teus limites
do
pensamento a consciência
destacando-me como primazia
tomada
por viva admiração
provocando fascínio ou
alucinação
Em
nenhuma circunstância
deixar de ser
luz
incandescente
emissão de claridade brilho
feito raiz vínculo emocional
atração baseada no
desejo
ser a música
feito acorde de três sons
captado pelo teu
sentido
provocando vibração
nunca por ti
sentido
A mãe foi
uma grande aliada de Strauss Jr. Anna Streim ajudou o filho a iniciar seus
estudos em violino, sem o conhecimento do pai. O ambiente familiar era tenso.
Anna Streim descobriu a traição do marido. O casal se separou. Com o abandono do
pai e as dificuldades financeiras da mãe, aos 18 anos, Strauss Jr. teve de
trabalhar. Ele formou sua própria orquestra. Sua estréia como músico
profissional ocorreu em 1844, executando obras de sua autoria e do seu
pai.
LAÇOS
Eme
Paiva
Choro
todo amor, que não amei...
Choro todo riso, que não ri
Choro a alegria,
que não senti,
ou se senti, não mostrei...
Choro todo amor que só
soube dar pelo avesso...
Luzes que em mim mesma apaguei!
Essa dor roda,
rela, rola, rala nos cristais gelados:
Cristais que formei em minha
alma
nas vezes em que chorei para dentro
o que deveria ter chorado para
fora!
Choro o conforto, que não dei...
Choro a carícia, que não
troquei...
Choro o auxílio, que não prestei...
Choro a flor, que
pisei...
Choro a mão, que não apertei...
Choro a amizade, que não
quis...
Choro a prece, que não fiz...
Choro a flor, que não
ofertei...
(aquela mesma que pisei...).
No rosto os caminhos das
lágrimas,
pela perda de momentos ...
do amor que não
amei,
do riso que não ri,
por tudo que me neguei...
quando não firmei
meus olhos, baços
na limpidez de teu olhar casto
Mas hoje...
Hoje
essa ausência de laços,
precisa tanto de
abraços!...
Dou-te meu abraço
Eliana
Braga
Choro triste e amargurado
Cantado em
descompasso
Revezes de um viver em pedaços
Coração aos
estilhaços
Vem cá amiga querida
De tua dor bem conheço
Sinto no
peito a mesma ferida
Sei que de amor padeço
Nesses dias de
lembranças
De solidão e tristeza
Leio teus versos e lamento
Não
ter dividido as belezas
Vem amiga dá cá um abraço
Faz de momento
solene
Um átimo de alegria
Que venha dipersar o cansaço
Recebe num
gesto fraterno
Meu carinho por ti declarado
Faz o teu pesar
esquecido
Aquece o coração amargurado
Não ficas triste, não
chores
Compadeça-te comigo
Existirá sempre um laço
Quando se tem um
amigo
Strauss Jr. teve três mulheres. A primeira foi a cantora Jetty Treffz,
com quem se casou em 1862. A segunda foi Angelika Dietrich, que era 25 anos mais
nova do que ele. Ela o traiu, e a união foi anulada. Em 1883, virou marido de
Adèle Deutsch, uma viúva protestante que fez o compositor largar o
catolicismo.
Essência Do
Ser...
Thais S Francisco
" Beija Flor
"
Sou a essência do
ser,
que na minha forma de ser,
traz em versos a utopia
de ser, amar e
viver..
Da essência do poeta,
vivo somando ilusões aos meus
dias..
Do Amor, vivo o sêmem da poesia..
Da vida, vivo a seiva da
paixão..
De mim, vivo apenas a ilusão!..
Da essência da criação,
já
nem sei quem sou..
se homem, mulher, borboleta ou beija-flor,
Sei apenas,
que te busco encontrar,
em qualquer lugar, em qualquer esquina,
desta ou
de qualquer outra dimensão
para entregar com ardor,
"Este meu desvairado
Amor!.."
No
dia 3 de junho de 1899, aos 73, o "rei da valsa" morreu em Viena, vítima de
pneumonia. O corpo foi enterrado em Zentralfriedhof, cemitério central de Viena,
onde estão os túmulos de Beethoven, Schubert e Brahms.
CANTA MINH'ALMA A TI
Jorge
Linhaça
Ao ver as maravilhas criadas em harmonia
pela tua
mão divina e Celestial
lágrimas brotam em meus olhos, gratidão
Ao ver
o homem neste planeta maculado
imagem e semelhança que seria de
ti
lágrimas brotam em meus olhos, decepção
Ao ver as estrelas
brilhando no céu iluminado
me dando essa percepçõe do infinito
Lágrimas
brotam em meus olhos, emoção
Ao ver os pássaros a cantar doces
melodias
os rios a marulhar em eterna sinfonia
Lágrimas brotam em meus
olhos, exaltação
Canta minh'alma o regozijo de crer em ti
de ser filho
de um Pai Celestial
lágrimas brotam em meus olhos,
oração.
&
“MINH’
ALMA TE EXALTA, MEU SENHOR!”
Rosa Magaly Guimarães Lucas
-
Eire
(A JORGE LINHAÇA MIO CARO FIGLIO PEDUTTO ORA
TROVATTO)
Minh’alma vem junto a Ti, meu Senhor,
Por tudo o que me deste
agradecer!
As coisas que do bem guardam sabor,
E as dores que ensinam pelo
sofrer!
Exalto com alegria e com fervor
A graça que me deste de
manter
Aquele que é pra mim o grande amor,
Meu companheiro, razão do meu
viver...
De vossa bondade ’inda vejo o brilho,
Através da
saudade mansa e amiga
Que no meu peito guardo de meu filho...
E
a gana de viver que há na cantiga
Que me aquece o coração maltrapilho,
Ao
ver tua amizade, da vida a
viga...
Contexto
histórico
Johann Strauss 2º viveu em uma época
turbulenta da Áustria, palco de uma revolução burguesa em 1848, na esteira dos
tumultos liderados pela França e responsáveis pela definição de um novo mapa da
Europa central e ocidental.
Solidão
(Mellíss)
Sinto-me como
a flor que, colada à janela,
observa a
claridade da manhã que entra pela vidraça,
sedenta dos
afagos do sol,
dos beijos do
orvalho,
saudosa das
carícias matutinas
vindas na
brisa mansa e refrescante,
festejando a
vida ...
Ah!
Sou a flor
esquecida, triste, amedrontada, aflita,
enfeitando o
nada onde me encontro,
no
desencontro das horas que descolorem a realidade,
na paisagem
cada vez mais distante da felicidade,
na solidão
nociva que compartilha meus dias
e suga as
minhas alegrias,
sem que
saibam de mim,
mesmo que eu
seja assim :
uma flor, um
amor,
uma mulher a
espera de um olhar
no qual possa
florescer,
numa estação
de sonhos coloridos,
desabrochando
todos os sentidos e...
amar...
amar... amar ...
A
Viena de seu tempo, com a fama de capital do Império Austro-Húngaro, era também
o umbigo cultural do mundo germânico. Foi certamente por isso que a valsa ‘No
Belo Danúbio Azul‘ se fixou tão facilmente como a marca registrada de uma
felicidade leve e burguesa.
ESTE MAR DE POEMAS
Jesus Ramos
Este mar de poemas
Afastou-se dos céus,
Rezou por liberdade
Ao
Rei dos Deuses,
E voa sobre os seus
Sonhos
Tristonhos!
Este mar
de poesia,
Mergulhado em nostalgia,
Suplicou por felicidade
ao Maior
dos poetas
Com todas as letras!
Agora escreve
Seus tristes
lamentos,
Em frases levadas
Pelos ventos,
Que na sua fúria
breve
Entregam ao tempo
Que as transforma em nadas!...
Nesse ambiente, não havia mais espaço para o poder absolutista das
monarquias nem para práticas feudais. Eclodia uma cultura burguesa, a economia
deixava de ser exclusivamente agrícola, surgiam as indústrias, o chamado
proletariado e uma visão liberal e reformista do mundo, como a existência de uma
constituição e o voto para eleger um
parlamento.
Miragem
Osvaldo
Brito
Linha tão
sutil.. perdi esse trem
Algo tão sublime e foi tão além
Me pergunto foram
tantas falhas?
Tantas armadilhas, redes, malhas?
Analisando bem,
fazendo um retrocesso
Realmente conduzi mal todo um processo
Na forma, no
tom, no conteúdo, no volume
Nada exagerado mas.. quebrei o costume
Palavras de duplo sentido, meio loucas
Exigências sem sentido, meio
toscas
Nesse pote de mel esse doce alimento
Me joguei, sem pensar, ao
extremo, sedento
Não filtrei, não medi, não fiz nem uma triagem
Perdi, me
perdi, te perdi, numa confusa miragem
Viena se
embelezou virando um centro urbano de prestígio, como Paris, Berlim e Milão. A
burguesia dava as cartas, provocandos mudanças radicais na vida política,
econômica e artística. O esbanjamento da elite era visto nas festas, nos bailes
de máscaras, na diversão noturna. A música de Strauss Jr. refletia esse momento
hedonista, de adoração pelas artes, pelo teatro e pela música clássica. Todos
queriam dançar ao som de uma valsa.
Nunca é
Tarde
Alexandre Oliveira
Quero neste momento
Falar um pouco de mim,
Quero abrir
meu coração...
Mostrar o que realmente sinto.
Quero tirar
um pouco este disfarce
Que me encobre o rosto e não me
Deixa contigo
falar.
Quero tirar
estás mascaras...
Quero ter seu coração,
E por favor;
Não me digas
não.
Preciso que
compreendas,
Que para continuar eu tenha
Que parar de dramatizar.
Não sou um
personagem
Que quer a todos passar
Uma mensagem ...
Nunca é tarde
para saber que
Com amor aprendemos a viver,
E com amor poderemos vencer.
Com estas
palavras quero
Poder meu coração te entregar.
Entregar-me-ei como um
Homem que por ti se apaixonou.
Mas
sei que sou um ator ...
Que você jamais acreditou
Mas a festa não durou para sempre. A aristocracia voltou ao poder e
promoveu uma perseguição ao liberais. A economia sentiu os efeitos. Com a quebra
da bolsa de valores de Viena e de muitos bancos em 1873, muitos burgueses
empobreceram do dia para a noite, instalando o clima de decadência no fim do
século 19.
Veleidade
Marcos Loures
Nas tais
penumbras de minh’alma, vejo
Os olhos pálidos da minha dor.
Nas fímbrias
prendes solidão; desejo
Então, fugir, quero escapar.
Apor
As mãos
cansadas, e sentir o beijo
Mais carinhoso, ser teu beija-flor...
Fazer
assim d’amor, mais belo arpejo.
Nada quero sentir, senão
calor...
Quero todos
segredos, confissões;
Nada dizer, nem precisar, sermões
Feitos dessa total
cumplicidade...
Nossos carinhos, envolvendo a lua,
Sofreguidão, te perceber, tão
nua...
Transparências trazendo veleidade...
s t r a u s s I I
(1825-1899)
Johann Strauss II é considerado o músico
mais famoso de toda a família Strauss. Ele nasceu em Viena, em 25 de outubro de
1825. Empregou-se como bancário para satisfazer o pai, embora estudasse violino
sem seu conhecimento. Desde os dezesseis anos, Schiani (o apelido familiar do
compositor) compôs música dançável e cada vez mais popular.
Canções
felizes
by Rose
Lima
Num instante de paz,
comecei a cantar
canções que estavam
esquecidas.
Tocando na flauta da
esperança, emiti melodia de renovação, vencendo a tristeza que existia no meu
peito...
O Sol se
abriu para mim, antes chovia, foi um lindo momento de
êxtase, abri os
braços para
receber a felicidade.
A Vida é um
Presente!
Sua produção
chegava a uma média de duas valsas por mês. Na forma, elas tinham certa
semelhança com as criadas por seu pai, com uma introdução lenta e as melodias de
grande inspiração, mas com os detalhes harmônicos e orquestrais mais ricos e
sutis.
Flutuas em
Mim
LuliCoutinho
Reverto o sentido do
mito
Por amá-lo em sonoro
bendito
Por querer te possuir se, és
meu!
E seres mais que o doce
Romeu.
Vejo-o estampado em faces
noturnas
Ao longo do rio em brancas
brumas
Nos meus suspiros se formam
cantos
À tua imagem sacra e
santa.
Como um oásis no deserto
árido
Flagro teu ser em eternas
miragens
Visão do anjo, múltiplas
visagens!
Sinto meu corpo em suave
aragem.
Branco pássaro de encantos
lírios
Numa ilusão serena flutuas em
mim
Pois que morro de amores por teu amor,
Botões que brotam suave torpor.
Aos dezenove anos
aprontou uma surpresa para o pai: ao regressar de uma turnê, Johann Strauss I
encontrou as ruas de Viena repleta de cartazes: ‘Johann Strauss II apresenta sua
orquestra e suas valsas’. Ficou mais estarrecido ainda quando, ao mandar
emissários para o concerto, recebeu notícias avassaladoras. Em 15 de outubro de
1844, a orquestra de seu filho foi obrigada a voltar ao palco dezenove vezes
para repetir a sua valsa Epigrama. Durante algum tempo, as orquestras de pai e
filho foram concorrentes, mas com a morte do patriarca dos Strauss, em 1849,
elas se juntaram. Quando chegou ao principal salão de Viena, Johann II recebeu
de um dos músicos o violino que pertencera a seu pai e, com ele, conduziu as
orquestras finalmente unidas. Na platéia, um cartaz previa o futuro do jovem:
‘Viva o rei da valsa’.
BAILA, BAILA
Théo
Drummond
Baila, baila,
bailarino!
A vida é como uma dança
e a gente, desde menino,
baila,
baila e não se cansa.
Quem comete o desatino
de não bailar, pois
se cansa,
logo vê que seu destino
é seco, sem
esperança.
Naila, baila desde o início,
esmo sofrendo e
sangrando
a dança será teu vício.
Mas um dia, e sem
ninguém,
vais ver tudo se acabando,
que a morte baila,
também
O novo
regente dividiu a orquestra em quatro grupos e, a cada noite, regia um após o
outro. Aos vinte e nove anos, a fadiga o levou a delegar a seu irmão Josef parte
dessa tarefa. Com isso, o jovem e próspero músico pôde dedicar-se à composição,
além de viajar pela Europa e Estados Unidos, onde realizou uma apresentação
histórica, ao reger uma orquestra de quase 1.000 músicos na comemoração dos 100
anos da independência americana, em 1876, na cidade de Boston.
Elegante,
esguio, com brilhantes olhos negros e escura cabeleira ondulada, Johann II
compôs sua obra mais popular, O Danúbio azul, depois de se casar com Jetty
Treffz, seis anos mais velha do que ele. O Danúbio azul se transformaria,
praticamente, no hino de Viena e serviu como tema musical do filme de Stanley
Kubrick ‘Uma odisséia no espaço’ (1968). Seguiram-se composições também
antológicas, como Vozes da Primavera, Sangue vienense, Vida de artista, Contos
dos bosques de Viena, Vinho, mulheres e música, Valsa do imperador, Rosas do
sul. O compositor foi casado, ainda, com Lily Dittrich e Adela Deutsch.
Avany
Morais
Bailemos pois, que
sabemos,
Ser a vida passageira.
Levemos na
brincadeira,
Comecemos a
bailar!
Esquecendo de
esquecer,
Só lembrando de lembrar...
Que na dança do bailar,
Não vale a
pena sofrer.
Bailemos e bailemos
muito,
Sem dar tempo pra pensar...
No compasso do
bailar.
Bailando de bem com a
vida,
Aproveitando o viver...
Enquanto...
Amanhecer.
A criação da opereta O
morcego (1874), considerada a sua obra-prima, teve uma influência decisiva de
seu amigo Offenbach, o mais importante compositor de óperas cômicas da Europa na
época e que esteve em Viena por volta de 1870. Depois de O morcego, em que
exaltava a alegria de viver em Viena, Johann II compôs mais 13 operetas,
deliciosas crônicas de costume. Entre seus amigos famosos estava também o
compositor Brahms. Consagrado em vida, ele recebeu do imperador Francisco José o
maior de todos os elogios para quem, na juventude, teve idéias republicanas: ‘Tu
também és imperador’.
sons...
Márcia
Dip
os sons
calados da noite
invadem as
manhãs frias
irriquietos
procuram as
fantasias
que outrora
existiam...
os sorrisos
perdidos
as palavras
ditas
os sonhos
esquecidos
as emoções
remotas...
sons que se
perdem
sons que se
fecham
em
sentimentos melancólicos
de paisagens
inesquecíveis...
sons que
plasmam
pela
eternidade....
Ao morrer, aos setenta
e três anos em 3 de junho de 1899, Johann Strauss II, deixou um patrimônio
musical de 479 obras, entre valsas, polcas, operetas e, para sempre, nos
corações apaixonados, o sublime encanto que uma valsa de Strauss provoca quando
se entrega ao prazer absoluto de sua música divina. Pode-se dizer que Johann
Strauss II, além de seus dotes extraordinários de músico, foi símbolo de uma
época que glorificava, com suas músicas, uma alegria de viver jamais
superada.
Strauss II é considerado o rei da valsa. Suas mais conhecidas obras
neste gênero são: Contos dos bosques de Viena (1868), O Danúbio azul (1867),
Rosas do sul (1880), Sangue vienense (1871), Valsa do imperador, Vida de artista
(1867), Vinho, mulheres e música, Vozes da primavera. O morcego (1874) é a sua
principal opereta, seguido de O barão cigano (1885).
SERENA
MULHER
Andrade
Jorge
Serena
mulher
réstia de luz no olhar
reluz,
infiltra sem licença
qualquer,
envolvente fulmina, ilumina,
um instante
distante,
sombrio,
esquecido na vereda
de um sonho vazio;
Serena
mulher
tépida aragem no céu
da coragem e da paz,
sopra, ecoa,
ressoa
a serenata fugaz,
descobre, toca e desnuda
meu íntimo,
que
vaga perdido na bruma
espessa,
carregando a mágoa
que não pára nem
cala,
mas essa mão tão amiga
acalma a sangria da alma;
Serena
mulher,
desterra da masmorra
impensável
as correntes de aço
do meu
coração,
serenamente sem barulho sequer,
arrebenta os
grilhões
torturantes, sufocantes,
hermeticamente fecha o portal
do
passado,
corre no tempo sem tempo,
descortina o futuro sem
medo,
procura
e murmura na brisa da vida:
"acorde cedo poeta,
desperte pra vencer,
teu pranto se foi no encanto
da poesia de um novo
amanhecer".
E assim, sob o azul do céu
sem licença qualquer,
pincelou
uma pequena estrela, que cintilou
na imensa tela do universo do
verso.
Curiosidades
Futuro
Se
vingasse o desejo do seu pai, Johann Strauss 2º teria sido um banqueiro, e não
compositor de música clássica. Quando era criança, o menino estudava violino
escondido do pai.
Cinema
Stanley Kubrick, um dos maiores cineastas do
mundo, ajudou a popularizar Johann Strauss 2º. A valsa "Danúbio Azul" foi usada
no clássico "2001 - Uma Odisséia no
Espaço".
ILUSÃO
Diógenes
Davanzo
Pedi para
ficar,
Mas você não me
deixou
Pensei que o meu
porto era seguro
E tudo
terminou...
Supliquei com todo
ardor
E não
adiantou...
Tudo que queria
era te amar
E você me
ignorou...
Me perdi
totalmente na imensidão
Sem nada
encontrar...
VOCÊ FOI MEU
MAL
Deus há de
castigar...
O único erro que
cometi
Foi pedir para
amar!!!
AGORA NÃO ADIANTA
IMPLORAR
Desenho
O famoso desenho animado Tom & Jerry fez uma homenagem a
Johann Strauss 2º e ganhou um Oscar em 1953. O gato e o rato viviam uma aventura
em Viena.
Morte
O corpo de Johann Strauss 2º foi enterrado em
Zentralfriedhof, cemitério central de Viena, onde estão os túmulos de Beethoven,
Schubert e Brahms.
Ibirapuera
Em 99, o parque do Ibirapuera celebrou o
centenário da morte de Strauus. O concerto ao ar livre incluiu a operata "O
Morcego" (Die Fledermaus).
Meus pensares
Águida Hettwer
Flâmula
acesa num ponto do infinito,
Sentimento cravado em minh ´alma,
Incandescer
da aurora, incógnito,
Mesclados róseos, riscam os céus em
gama.
Em carícias na pele, pêndulo de meus anseios,
Sedimentado
pelo tempo, seivas nutridas,
Similitude de pensares, alma em
devaneios,
Das entranhas renascidas.
Corta-me os fios, dos
desenganos,
Resenhar dos fatos, vestígios de saudade,
Sentimentos
afloram diáfanos,
Embevecidos em pura densidade.
Na beleza dos
versos desencadeia,
Reverencia o amor, em plenitude,
Explode emoções no
coração, alardeia,
Absoluto sem fronteiras, alastra-se em
magnitude.
VIDA
Conhecido como Johann II ou "o Moço", nasceu em Viena, Áustria, em 25 de
outubro de 1825. Morreu em Viena em 3 de junho de 1899.
A
família Strauss foi um fenômeno musical. Os filhos e sobrinhos de Johann I (o
Velho), viajaram pelo mundo com uma orquestra de danças. Regiam e, também,
compunham (mais de mil e duzentas valsas entre todos
eles).
TROCO
Edna
Berta
Troco minha
alma
Meu espírito
Pela paz do seu
sorriso
Troco meu bem
estar
Pela luz do seu olhar
Troco minha
alegria
Pela certeza de ver você um dia
Troco meu
coração
Pela certeza de uma paixão
Troco minha
esperança
Pela bonança
que chega após toda tempestade
Troco minha
amizade
Pela sua mão
Vindo em minha direção
Troco minha calma
Por seu carinho
Troco tudo que tiver
Pelo nada que me der
Mas fique comigo
Não saia da minha vida
Me dê
sua presença constante
A alegria de vê-lo
Logo adiante
Sempre.
Johann Strauss II foi, incomparavelmente, o melhor
compositor da família e um dos melhores compositores de música ligeira do
século, imitado por Offenbach, admirado por Wagner e invejado por
Brahms.
Rosas, Sempre Rosas!
Maria
Petronilho
Bebo gotas de orvalho
olvido os punhais em
punho
Abrigo-me na esperança
Que acalento na alma
Espalho
corolas no mundo
Mas de aljôfar humedeço
Os roseirais desta
pátria
Outrora tão
perfumada!
Autor de cerca de 500 peças de
dança (400 valsas), após 1872 dedicou-se sobretudo à composição de operetas,
gênero tipicamente vienense cujo modelo clássico criou em O
Morcego.
Sonhos:
Arneyde T.
Marcheschi/Zelisa Camargo/Maria Thereza Neves/Margaret Pelicano/Inês
Marucci
Acreditei nos sonhos
Arneyde T.
Marcheschi
Acreditei nos
meus sonhos
e não me arrependi.
Mergulhei nos devaneios
e me dei a
chance de ser feliz.
Como um cristal
limpido
você surgiu na minha vida
brilhando no meus caminhos.
Entre
quimeras e devaneios
as noites se tornaram
tochas
iluminadas, sai da escuridão
não sei mais o que é
solidão.
Através da sua
luz
caminho pelos jardins floridos
de mãos dadas com o passado,
um
passado que já não me machuca
um passado gostoso de se
recordar.
Na sublimidade do seu
amor
entre mimos e afagos
vamos determinando nosso espaço
sem limites,
sem fronteiras.
Somos almas
libertas
que acreditaram nos sonhos
almas que se encontraram
para novas
historias de amor contar.
*
Eu também acreditei
Zelisa
Camargo
Um dia
acreditei nos sonhos
na esperança da sua chegada
passei a viver
cada
noite solitária
caminhante errante ao luar
musicas longe como
serenatas
Passos em ruas perdidas
tortuosas de pedras em
desalinho.
Como caminhei a luz da lua
olhando os cantos da
vida
mirando o espaço estrelas
na espera
que você
chegasse
Como um raio de luz.
Um dia do nada
eis
que surge uma luminosa luz dourada
trazendo meu amor
na suavidade dos
passos leve
sorriso lindo na face
olhar
penetrante
enlouquecido
senti que entrava em mim
com um amor
maior
lágrimas de felicidade
minutos passaram sem que acreditasse
que
estava a minha frente.
Bela
majestosa
como a deusa da noite
encanto de uma mulher
sedutora
sensual como nunca tinha mirado.
Lentamente minhas mãos
te tocaram
senti tua energia
juntei-me a ela
Tornarmos-nos
unas
viajamos para o mundo do amor
fomos felizes
hoje esse amor
espera pelo
aeu retorno
viver sem ti
melhor
morrer.
*
o sonho dos meus sonhos
Maria Thereza Neves
vou me deixar
levar
escancarar todas portas e janelas
voar-alma livre-aberta
procurar o horizonte perdido
onde as estrelas brilham
o lugar onde
mora os sonhos
vou escrever em todos os muros
esculpir
amigos-amores em todas as rochas
tentar alcançar todas as montanhas
gravar letras em ondas e maresias
a viagem pelos caminhos pecorridos
vou soltar as amarras da poesia
libertar as asas das entranhas
desenhar nuvens nas curvas das esquinas
vou tocar a alma da lua
conhecer todos os planetas
dançar com as estrelas
o sonho dos meus
sonhos.
&
SONHOS
Margaret Pelicano
Sonho os sonhos
possíveis e eles não se concretizam!
Incomodo a
muitos por sonhar assim!
Para eles os
sonhos são inatíngíveis!
Pobres deles
por pensarem isso de mim!
Imagino cada
dia como nova esperança,
um andar no
mundo cheio de cobranças...
adoraria ser
livre
para amar o
amor que nunca tive.
Tive sim,
carinhos, paixões, delícias.
Por outro lado,
pranto e muito, abandono, suor e lágrimas...
Mas
sonho?
Sonho com calmo
lago!
Um barco e um
casal enamorado,
onde estou
junto dele,
até que
enfim!
******
Sonho teus
sonhos
Inês Marucci
Noite clara, janelas abertas da
alma, enfeito meu vergel
para mordiscar teu sonho de maça
e colher teu perfume
numa concha de espuma qu’a maga
noite feita de papel
em mim derrama para qu’eu sonhe e
mais ainda te ame!
Sonhos sós, uníssonos, lábios
sedentos a beijo de amora,
durmo em teu sonho, correndo cada
noite a tua procura,
é sonho entrando noutro sonho,
teu sonh’o meu inunda
e o meu sonhar inteiro te golpeia
com açoites de candura!
Cresce o sonho meu dentro do teu
sonho tal vaga no mar
e nos consumimos no sonho
qu’acorda o sonh’encantado,
singrando pálpebras da distância,
escalamos doce silêncio
Deixa no rio de teu sonho meu
sonho navegar, oh delírio!
Cândido sonho possuindo teu
sonho, em sonho te defloro
e te roubo sonhando para dormires
o meu sonho. Imploro
que te consintas cativo monopólio
do meu sonho loucura,
que amarro sonho a sonho,
imantando ares de primavera!
******
danças
comigo?
josemir
tadeu
Vamos
dançar?
Quem sabe no
compasso da melodia,
o teu ser se
aquieta...
Posso
fazer-te uma pergunta indiscreta?
Por quem teu
coração palpita,
assim de
forma infinita,
e tanto se
agita,
que chega
a te ofegar...
Vem...
Não tenhas
medo de girar.
Nesse salão
imenso,
talvez de
modo intenso,
nos façamos
intemporais.
Quem
sabe,
eu não seja o
dançarino,
que te
faltava nas noites,
em que no
leito rolavas com insônia,
procurando
abrandar teus desatinos,
e abrir
portas para o amor?
E agora
unos,
embevecidos
pelo ritmo envolvente,
que flui
abertamente,
abjugando o
perfume de flores,
por que não
nos abarcarmos refulgentes,
amolentando
nossos medos,
e libertando
nossos quereres?
Encoste tua
face quente,
em meu rosto
carente,
e fite-me de
forma direta.
Como se eu
fosse,
tua procura
dileta,
teu porto
seguro.
Tua porta
aberta.
E enquanto o
tempo passa,
até que a
madrugada amadureça,
entreguemo-nos sem redundância,
a essa
flamejante ânsia,
e terminemos
nossa dança,
num leito sem
degredo,
para que eu
possa diluir teus medos,
e tu possas
dar-te a mim,
como uma
dádiva sem fim,
E enquanto
houver melodia,
renasceremos
com o dia...
E por
certo,
com o sol
argentado,
já aberto e
desperto,
fixaremos
nossos lábios,
e olhos no
olhos,
faremo-nos
vivalmas,
que
acepilharam os sentimentos,
lançando-se
nos puros momentos,
de instantes
onde vislumbres,
ensejarão sem
dúvida,
mais e mais
amor...
Amantes de
intento.
Verdadeiros
portentos,
do que reluz
prazer.
Eu, tu e o
entregar-se,
sempre a se
refazer...
josemir (ao
longo...)
Não
estaremos dançando
rivkahcohen
No
trocar
de
nossos passos,
em
um momento
não estaremos lado a
lado,
mas
atrelados
a
nosso sentimento.
Nesse
vem e vai,
já nos
esbarramos,
quase já ficamos,
mas
ainda longe demais
para
desviar.. escapar..
Numa
hora,
com
tudo em volta rodando,
será
impossível evitar
embora
a
música continue a tocar,
não
estaremos dançando..
rivkahcohen
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Pesquisas:
https://musicaclassica.folha.com.br/cds/26/biografia.html
https://musicaclassica.folha.com.br/cds/26/contexto.html
https://www.classicos.hpg.ig.com.br/strauss2.htm
Danúbio
Azul -cantada.mid
TTNeves e
Rivkah