Amor de primavera
Aisha
Vem de longe a brisa que toca meu
corpo,
traz o cheiro, o mesmo que me
amou.
Entrego-me em pensamentos, soltos em
ventos,
busco sua imagem, a mesma que se revela
em ares de cores tingidos de
primavera.
É seu céu que pinta minha terra de
azul,
a cor dos mares que em ondas trouxeram
você.
Também é azul o sonho que o
sonhei,
vindo com asas de marfim, arcanjo da
noite,
amou meu desejo no
mesmo amor que o desejei.
Canta o vento em meus ouvidos,
no mesmo tom dos sussurros
seus,
falando-me do amor que em gotas de
orvalho
corre entre meus seios nus,
tirando-me os sentidos ao percorrer meus
atalhos.
E sigo em brisa pelos campos do seu
corpo,
colhendo em ventos o amor germinado em
mim.
Sou a terra acarinhada pela chuva que vem do seu
céu,
em véus de neblina, no amor perfeito desse
jardim,
firmando raízes no amor fecundo desse nosso arranha-céu.
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Feche a Porta
zelilsa camargo
Feche todas as portas
Delete tudo que chega a
ti
Bloqueia minhas
entradas
Esconda-se em teu mais sagrado
templo.
Cale minha voz
Dilacera meus passos
Entrega-me ao caos do
mundo
Faça o que quiseres
Bloquei todas as
entradas
Uma só coisa você não poderá
fazer
Findar o meu amor
Matar a esperança que trago
n'alma
Sufocar meus ais
meus lamentos
meus gritos doidivanos
de uma loba que uiva na calada da
madrugada
o seu amor incontido
que carrega longo
tempo
e cada dia crescendo mais as suas
raízes
fortalecendo sempre
e buscando na
impossibilidade
a vivência e todo
sentir
Mas o poeta sonha
vive na esperança de uma
chegada
e nessa espera
sigo meu peregrinar
só
sempre a tua espera
minha grande amada
tão buscada em sonhos
e tão distante de mim
tão isolada desse amor
e se fecha a essa energia que emana
a ti
por medo de ser
feliz.
Volte
Venha e receba esse amor que é
teu
Que clama por ti em todos os
momentos
que não sabe calar
pois calar
é
morrer
Ato I. Cena 4: O salão de
bailes
Romeu e seus amigos chegam no clímax da festa. Os convidados vêem
Julieta dançando; Mercúrio, vendo que Romeu está hipnotizado por ela, decide
distrair sua atenção. Tebaldo reconhece Romeu e ordena que deixe o salão, mas um
Capuleto intervém e o acolhe como convidado em sua casa.
Tudo por
amor...
Paty Essinger
os pensamentos
seguem uma linha,
Longe do raciocínio
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Magia
Vilmar Pirituma
Não
existindo
se faz poema
Sendo versos
és
magia
Sendo magia
és tema
És Lema
Mulher em
poesia
Ato I. Cena 5: Fora da casa dos Capuleto
Enquanto
os convidados deixam o salão, o Capuleto reprime Tebaldo por perseguir
Romeu.
PIANO
Jorge Linhaça
No dedilhar do piano a doce melodia
do amor
teus dedos longos e lindos a tocar
a canção
a fazer fluir em mim a deliciosa
emoção
do sentimento puro e
avassalador
Nossos corações que bailam na
melodia
imersos em profundo bem
querer
Tornando tudo á nossa volta
poesia
Fazendo o amor no peito
florescer
E na verdadeira inspiração do
sentimento
faz desabrochar no peito o doce
alento
eternizando n'alma o doce
momento
E no valsar dos corações
apaixonados
explode a ode ao deus do
amor
Em beijos trocados,
apaixonados
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TENTO, MAS NÃO CONSIGO
Cleide Canton
Muito embora
eu te queira à distância
do meu olhar que não te busca mas te vê
não
consigo derrubar esta constância
do teu vulto no meu sonho sem
porquê.
Nada espero deste amor destemperado,
nem restolhos de carinho
dividido
Não mais quero esse fantasma do passado
mergulhando no meu vôo
decidido.
Eu te apago mas te encontro oscilante
entre nódoas como
espuma flutuante
nas esquinas deste rumo que persigo,
e descarto o
incerto que maltrata
e te anulo no meu canto que retrata.
Mas te
juro: esquecer-te não consigo!
Ato I. Cena 6: O balcão de
Julieta
Sem conseguir dormir, Julieta fica em seu balcão pensando em Romeu,
quando ele de repente aparece no jardim. Eles então confessam o amor que sentem
um pelo outro.
Voz do Amor
elisasantos
Sua voz hoje soou aos meus ouvidos
Vibrando em todos os meus sentidos
Fez-se música... Que
acalanto!
Alastrou-se em ondas que suaves
Moveram águas
transparentes
Do lago serenado em noite de luar
Onde fogueira ateada pela
paixão
Lançou aos céus labaredas
Vultos reluzentes,
encontrando-se
Em dança enlaçados ...com sofreguidão
Mergulhados no
clarão da lua ,
Lançados ao mar... estrelas...
... Que
navegantes no mar tenebroso
De desamores e desilusões
Ofuscaram as
lágrimas, a tristeza
a solidão
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Apenas os
Anjos...
Zilca P.
Tricerri
Anoitece, eu aqui sozinha sem o
teu colo, para sonhar e
amar...
O
frio congela o meu peito, que
reclama dos versos de amor
que
por horas sem fim,alimentou
meu
ego apaixonado, a espera do
anoitecer
onde sempre me rendi ao
calor dos teus
afagos, na magia da luz do
luar...
Hoje sem a tua presença, a
noite
está fria, apenas os anjos,
acalmam
o meu coração que sempre te
amou
e eternamente será teu!
Ato II. Cena 1: O mercado de
Verona
Romeu só consegue pensar em Julieta e, vendo um cortejo de casamento
passar, ele sonha no dia em que vai desposá-la. Enquanto isso, a ama de Julieta
se espreme no meio da multidão para entregar uma carta para Romeu. Ele lê e
recebe o "sim" de Julieta para o casamento.
Amor
Proibido
Sonia Pallone
"...Entre quatro paredes
viveu
Aquele insano amor proibido
Que
passou,
Aconteceu,
Morreu...
Nem mesmo as
duras
paredes
Testemunhas puderam ser
Porque tijolos não têm ouvidos
Tijolos
não têm olhos
Tijolos não têm alma..."
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