RevisTTa
(Momentos Etermos)
Beethoven e Nona Sinfonia
Edição TTNeves - Arte
Rivkah
Novembro 2006
Nona Sinfonia
José Carlos Ary dos Santos - 1978
É por dentro de um homem que se ouve
o tom mais alto que
tiver a vida
a glória de cantar que tudo move
a força de viver
enraivecida.
Num Palácio de sons erguem-se as traves
que seguram o tecto da
alegria
pedras que são ao mesmo tempo as aves
mais livres que voaram na
poesia.
para o alto se voltam as volutas
hieráticas sagradas
impolutas
dos sons que surgem rangem e se somem.
Mas de baixo é que irrompem absolutas
as humanas palavras
resolutas
Por deus não basta. É mais preciso o Homem.
José Carlos Ary dos Santos -
1978
Nona Sinfonia.
Uma Sinfonia com sonhos de Liberdade.
Porque tudo é sonho!
Maria
Petronilho
Brincar na areia, ao sol!
Correr, mergulhar e
rir!
Escutar o secreto cantar
das sereias ao sol-pôr...
Gritar para o
vento
Poemas de amor!
Fazer uma fogueira,
Escutar as estrelas
Com a
lua dançar
e
Recordar vidas passadas:
A minha e a tua...
suponho,
que há tanto a dizer...
Porque tudo é
sonho!
Wilhelm Richard Wagner (1813-1883), um dos mais importantes
compositores alemães, acreditava que depois de sua obra a música nunca mais
seria a mesma. Esse mesmo Wagner enxergava a 9ª de Beethoven como a sinfonia das
sinfonias. Se Wagner estava com a razão é assunto para os críticos. O certo é
que a 9ª Sinfonia não ficaria de fora de nenhuma lista
em
que constassem as maiores obras da história da
música.
SONHO INACABADO
Míriam
Torres
Na janela sou sua flor a esperar
No coração a saudade a
apertar
No rosto as lágrimas a rolar
No peito uma dor a sufocar
Em meu
corpo a necessidade de amar
Em meus passos sinto a falta de você
Meus
olhos procuram
Mas não acreditam que não vêem
Sentem seu cheiro
Sentem
sua presença
Nos meus devaneios
Está ao meu lado
É minha
crença
É você que amo
Em você que acredito
Mas quando acordo desse
sonho
Tenho a impressão de que não existe
"É UM
MITO..."
A Nona Sinfonia
Retirado para um lugarejo próximo a Viena chamado Heiligestadt,
onde morava já há alguns anos (foi lá que Beethoven, num momento de depressão,
redigiu seu testamento em 1802), Beethoven concluiu a sua obra-prima em
fevereiro de 1824. A IX Sinfonia revelou-se extraordinária. Dotara-a de uma tal
retumbância heróica que só ele até então conseguira dar à música alemã. O
público, desde a primeira audiência, ocorrida no Kärntnertor Theatre de Viena em
7 de maio de 1824, maravilhou-se O passado, o tumulto revolucionário, aflora em
vários momentos ao longo da execução, mas sua beleza deve-se ao seu carisma. É
uma apologia aos tempos futuros, à morada do Elísio, ao devir,
quando então seremos um mundo só.
Sonhos de
Criança
Aisha
A vela, quando acesa,
derrete e desenha
um lindo céu azul de
parafina...
O céu acende com o sol,
que em
risos incandescentes,
aquece a vida
- em noite -
da
gente.
E a chama na vela cresce
derretendo ainda
mais a parafina,
desenhando o olhar do menino
no coração vivo da
menina.
Ardendo em paixão a menina descalça,
no céu do
meu peito calça seus sonhos,
nas nuvens em saudades do céu de
outono.
E acende as luas,
- lá na rua -
penduradas em
hastes de concretos
- de vidro são feitas as luas -
no céu de parafina,
desconexo...
E a menina,
um tanto gente, outro
tanto parafina,
desenha seus sonhos de criança
nesse imenso jardim da
vida.
O Hino da Humanidade
Apesar da obra ter sido dedicada ao rei Frederico Guilherme III
da Prússia, que como todos os monarcas da sua época era hostil aos ideais de
liberdade, a obra-prima de Beethoven apresenta o paradoxo de ser entendida como
um hino da emancipação do mundo europeu dos tempos feudais, liberto da tirania e
das cargas da servidão. A alegria, pois, que a IX Sinfonia exalta não se perdera
num tempo remoto, numa Arcádia sem volta. Ao contrário, a alegria, a felicidade,
estão ao nosso alcance logo ali em frente, bastando que superemos as nossas
estreitezas culturais e a mediocridade política que nos cerca. Entende-se porque
a atual União Européia (hoje maioritariamente republicana e democrática),
escolheu a IX Sinfonia como o seu hino oficial. Mesmo com os percalços que
iremos sofrer aqui e ali para chegarmos ao governo universal no século XXI, a
IXª Sinfonia continuará sendo o maravilhoso fundo musical para que as Filhas do
Elísio sintam-se estimuladas a estender seus braços fraternos enlaçando a
humanidade inteira.
SONHOS PERDIDOS
Jorge Humberto
Sonhos perdidos, esperanças
vãs,
São como poemas em fundos de escada...
Árvores lânguidas,
inermes das manhãs,
Quase papel ou quase a espada.
Meus
lábios secos de coisas sãs,
Têm um leve sabor a quase nada...
E
são meus olhos, os cabelos cãs,
O último suspiro na
madrugada.
Minhas palavras de Outono...
Minha pena de coisa
alguma...
Como um frio de abandono...
Sonhos perdidos e
vãs esperanças,
Poema ofendido, e coisa nenhuma...
Talvez o cheiro
de tuas tranças.
A Ode à Alegria
(Schiller) |
Versão para o Inglês |
O Freunde, nicht diese Toene! Sondern lasst uns
angenehmere anstimmen und freundenvollere! Freude,schoener
goetterfunken, Tochter aus Elysium, Wir betreten
feuertrunken, Himmlische dein Heiligtum. Deine Zauber binden
wieder, Was die Mode streng geteilt; Alle Menschen werden
Brueder, Wo dein sanfter Fluegel weilt. Wem der grosse Wurf
gelungen, Eines Freundes Freund zu sein, Wer ein holdes Weib
errungen, Mische seine Jubel ein! Ja - wer auch nur eine
Seele Sein nennt auf dem Erdenrund! Und wer's nie gekonnt, der
stehle Weinend sich aus diesem Bund!
Freude trinken alle
Wesen An den Bruesten der Natur, Alle Guten, alle Boesen Folgen
ihre Rosenspur. Kuesse gab sie uns und Reben, Einen Freund, geprueft
im Tod, Wollust ward dem Wurm gegeben, Und der Cherub steht vor
Gott. Froh, wie seine Sonnen fliegen Durch das Himmels praecht'gen
Plan, Laufet, Brueder, eure Bahn, Freudig wie ein Held zum
Siegen. Seid umschlungen, Millionen! Diesen Kuss der ganzen
Welt! Brueder - ueberm Sternenzelt Muss ein lieber Vater
wohnen. Ihr stuerzt nieder, Millionen? Ahnest du den Schoepfer,
Welt? Such ihn ueberm Sternenzelt, Ueber Sternen muss er
wohnen. |
O friends! Not these sounds! But let us strike up more
pleasant sounds and more joyful! Joy, o wondrous spark
divine, Daughter of Elysium, Drunk with fire now we
enter, Heavenly one, your holy shrine. Your magic powers join
again What fashion strictly did divide; Brotherhood unites all
men Where your gentle wing's spread wide. The man who's been so
fortunate To become the friend of a friend, The man who has won a
fair woman - To the rejoicing let him add his voice. The man who
calls but a single soul Somewhere in the world his own! And he who
never managed this - Let him steal forth from our throng! Joy is
drunk by every creature From Nature's fair and charming
breast; Every being, good or evil, Follows in her rosy
steps. Kisses she gave to us, and vines, And one good friend, tried
in death; The serpent she endowed with base desire And the cherub
stands before God. Gladly as His suns do fly Through the heavens'
splendid plan, Run now, brothers, your own course, Joyful like a
conquering hero Embrace each other now, you millions! The kiss is
for the whole wide world! Brothers - over the starry firmament A
beloved Father must surely dwell. Do you come crashing down, you
millions? Do you sense the Creators presence, world? Seek Him above
the starry firmament, For above the stars he surely
dwells.
|
Sonho num navio...
Calaf
"Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar,
- depois,
abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar"
E o sonho cresceu
no mar,
mergulhou na imensidão do azul
pássaro sem razão, ícaro de
amor
viagem sem volta, tudo emoção
O navio se fêz ao mar,
para nas
ilhas aportar
quimeras a realizar
vidas a buscar
Naufrágo da
vida
busca o farol a sonhar
espera pela luz
que nem sempre está a
brilhar
Hoje sonha, vive o amanhã
nas asas do ontem
que Morfeu faz
brilhar
Sonha, sonha o poeta
E nos mares de amor
realiza a
viagem
da vida que é eterna
Pois eterno é amar....
E o sonho é
mar...
* As primeiras estrofes entre aspas são de Cecília
Meireles.
Calaf
"Abracem-se milhões! Irmãos, além do céu estrelado deve morar um Pai
Amado." - Schiller, An die Freude, 1786
Sonhando
D A
Limonge
Lembro que falei “te amo” chorando
Até hoje não consegui te
esquecer
Sei que algumas podem me querer
Mas, é você que eu quero me
amando
Não sei se um dia vai voltar
Só sei que vivo daquele
momento
É ele que me dá força para te esperar
Aquele instante tem sido o
meu sustento
Se você falou que ia ser só minha
Me jurando o amor
eterno que sentia
Eu estou aqui no parque te esperando
As árvores
daqui já me conhecem
Olham-me como se já soubessem
Que só terei você de
volta sonhando
"Consegui! Consegui! Enfim encontrei a Alegria!"
Assim jubiloso, Beethoven acolheu em seus aposentos o seu secretário, um fa
tutto chamado Schindler. Imediatamente sentou-se ao piano e dedilhou-lhe a
façanha. Encontrara afinal a solução, busca há anos, que permitira-lhe musicar
os difíceis versos da An die Freude (Ode a Alegria) de Schiller. Depois de 32
anos de hesitações, de idas e vindas, de prostrações, deu então por acabada a IX
Sinfonia. Quando moço ainda em Bonn, Ludwig van Beethoven comoveu-se com o
conteúdo do poema ao lê- lo em 1792, impressionando-se para sempre com a
maravilhosa exaltação à fraternidade humana dos versos de
Schiller.
Viços da vida..sonhos
Joe'A
O que torna exuberante sua vida
são seus sonhos,
adubam, irrigam suas esperanças
vicejando... motivando
Quem tem
sonho, tem esperança
Quem tem esperança tem vida
Planos, projetos, metas
ou objetivos
Desejos, devaneios, fantasias ou utopias
Cada dia com sua
alvorada
cada sonho com seu valor
cada desejo com sua motivação
O
coração a palpitar a cada realização
A busca com convicção
com Fé no
coração
a busca por seus sonhos realizar
sem nunca perder a
esperança
Qualquer que seja o sonho, lute,
seja emocional ou
espiritual,
seja material ou social,
Se for de amor, a dois com
paixão
O
poeta compôs a Ode para que um amigo seu, um franco-mação, a cantasse com seus
companheiros nas lojas da irmandade. Schiller, em apenas 18 belíssimas estrofes,
celebrava os valores do iluminismo (o cosmopolitismo, a superação das desavenças
nacionais, a pregação da tolerância, e a consciência de pertencer-se a um mundo
só). Beethoven, na época um entusiasta republicano, embebido pelos ideais da
Revolução Francesa de 1789, sentiu-se tentado em transformar o que lera em algo
imorredouro.
OS SONHOS TAMBÉM ENVELHECEM
Jane
Lagares
Os sonhos! Esses companheiros que
movem a vida,
que
vêm de mãos dadas à existência!
Sonhos que se realizam, sonhos possíveis,
impossíveis sonhos, fáceis e difíceis, alavanca de cada dia.
Sonhos dormidos, sonhos bem acordados.
Li em algum lugar que
os " sonhos são o primeiros passos para as realizações".
Verdade, porque se realiza o que se pensa,
se
pensa o que se sonha.
Engatinhamos em pensamento,
damos os primeiros passos, andamos rumo à vitória,
pelo
menos deveria ser assim.
Estava pensando que os sonhos, assim como tudo,
ficam velhos.
Feio
isso, não é?
Sonhos velhos, velhos sonhos, que se cansaram de sonhar,
que
enrugaram a cara, a esperança, a vontade.
Pergunto-me se os sonhos ficam
velhos ou
se
erramos nas projeções de realização.
Seguimos com tantos sonhos e,
vejo
que alguns passam do sonho ao desafio a si mesmo.
Muitas vezes, quando se
chega ao pé do sonho,
quando o temos nas mãos, não é mais
importante,
apenas vencemos um desafio, não alcançamos o sonho bonito,
digladiamos com a força de fazer, quer se queira ainda ou
não.
A dialética da vida, essa pressa de mudar tudo,
faz
as óticas mudarem também.
Muitas vezes não percebemos e continuamos a trilhar na mesma
estrada,
como
se as árvores que a enfeitam não fossem outras , a medida que se
evolui...
Como
se o tempo não passasse pela metamorfose de dia e noite,
de
chuva e sol. Continuamos as mesmas velhas pessoas,
com os mesmos sonhos. Os sonhos também envelhecem,
mas
podem passar pela plástica da visão ampla e serem novos,
novos sonhos , com cara de menino,
com
cara de vida, na nossa cara de vencedor...
Importante se faz, tirar o véu que
cobre a jovialidade do sonho,
identificar sua velhice , vê-lo deitado e cansado de ser sonhado,
interromper o desafio, fazer renascer, melhor, moderno e
possível...
Beethoven republicano
Como tantos outros artistas e filósofos alemães do seu tempo, como Kant,
Hölderin, Hegel, Fichte e Schelling, ele inicialmente fascinara-se por Napoleão.
Quando, porém, o general republicano coroou-se imperador em 1804, Beethoven
desencantou-se. Num acesso de fúria rasgou
a dedicatória que lhe fizera na IV Sinfonia.
A metamorfose da
revolução num opressivo império que passou a submeter quase todo o continente
europeu, fez brotar em Beethoven sentimentos adversos. A gradativa inclinação
dele pelo patriotismo alemão (a Alemanha fora ocupada por Napoleão até o levante
de 1813) o conduziu a uma posição mais conciliadora para com os conservadores, o
que o fez com que fosse vivamente aclamado pelos reis e altos dignitários quando
compareceu para reger um espetacular concerto naquela grande festa da
aristocracia e do absolutismo que foi o Congresso de Viena de
1814-5
(o congresso que encerrou com o domínio napoleônico).
Sonhos
Sonia Pallone
"...Tem
sonhos que a gente sonha
que o toque tem calor
a pele tem gosto
o
abraço tem comoção...
Hoje acordei assim
feito um barco
de velas
arriadas
pelo temporal do sonho...
Com toda minha
impotente realidade
à deriva
E um desejo louco
de baixar âncoras
num fantástico
pedaço de mar
desaguado
num infinito
qualquer..."
O artista-rei
Esta aproximação com os poderosos
da época tinha outra razão de ser, não decorrente apenas da sua decepção
política. Beethoven foi o primeiro dos grandes músicos europeus a ter
consciência da sua importância social (é bom lembrar que na geração anterior, o
extraordinário Mozart, depois de ter encerrado a função de músico solista no
palácio, fazia as refeições junto ao restante da criadagem). O sucesso artístico
e a retumbância internacional das suas composições, convenceu-o de que ele,
Beethoven, também fazia parte de uma nobreza, a nobreza dos talentos, tão
exaltada pela Revolução de 1789 . O que Napoleão conseguira
comandando o exército francês, ele alcançara com as sinfônicas e com a batuta de
maestro.
Mulher Abstrata
Angela
Bretas
Sou quem sou, simplesmente
mulher, não fujo, nem nego,
Corro risco, atropelo perigo, avanço o sinal,
ignoro avisos,
Procuro viver, sem medo, sem pudor, com calor,
aconchego,
Supro carências, rego desejos, desabrocho em
risos...
Matéria cobiçada... na tez macia, no calor ardente.
Alma
pura, envolta na completa fissura. Sem frescuras!
Encontro prazer na forma
completa, repleta, latente...
Meretriz sem pudor, mulher no ponto... uva
madura!
Sou quadro abstrato, me entrego no ato 'a paixão que
aflora.
Sou enigma permanente, sem ponto final, sem
continências,
Sou mulher tão somente, vivendo o momento, sorvendo as
horas.
Sou pétala recolhida, sem forma, sem cor, completa em
essência.
Exalo a esperança, transpiro vontades. Não me tenhas
senhora.
Sou mulher insolúvel, nada volúvel. Vivo a vida em
reticências...]
"Eu
também sou um rei", respondeu ele certa vez cheio de si a um soberano alemão.
Deu-se a freqüentar os grandes como um seu igual e não como um servidor, como
Haydin e Mozart o fizeram antes dele. O estipêndio que recebia dos aristocratas,
sabe-se, nunca afogou o republicanismo de rapaz pobre, filho do mestre da capela
de Bonn, que acreditava na fraternidade humana.
Tenho um sonho...
rivkahcohen
Tenho um sonho,
mas não versarei
sobre ele..
Está muito distante
para que eu possa
aludir.
Vejo-o
há anos tentando
ser, pelo menos, o
preâmbulo
do que será no porvir,
mas batem com os ombros
e
assim não o vejo fluir.
Eu?
Tenho!
Mas não falarei
dele
porque tem um grande defeito.
Não gera
o que o
mundo inteiro,
se verga
e daí a dificuldade
de o ver
espargir.
Sim!
Mas abafado comigo.
E qual
escultor
em pedra ou barro
que se preciso
for,
morre,
mas não mostra seu trabalho
antes de
terminado.
Sigo seus passos
em sentido contrário.
Nada
falo,
apenas o guardo no coração
e na mente,
esperando que
se espalhe,
que vire canção
de tanto que é verdade
e que
seja para sempre!!
A 9ª Sinfonia, chamada A Coral por suas partes de coros, canta a Ode à
Alegria do grande poeta alemão Schiller, exalta os logros que se colhem na Nona
Esfera ou o Yesod da Cabala.
Não é coisa de expressar com palavras, senão de
escutar com o coração
e com uma mentalidade solar unificada.
E para complementar estas
informações entregues pelo VM Samael Aun Weor, transcrevemos um trecho do livro
Biomúsica, de Fernando Salazar Bañol, que explica sinteticamente a influência
das sinfonias beethovianas em nossas estruturas
psicológicas.
Além das
Estrelas
Guida Linhares
Além das estrelas eu
quero ir
na imensidão do espaço viajar
Olhar a terra ao longe a
sumir
sentir leveza ao me libertar
Além das estrelas eu quero
seguir
e finalmente encontrar
paz perdida do meu pobre
sentir
No vácuo frio eu quero deixar
da solidão, toda a
minha angustia
Além das estrelas, em sono vagar
no calor
fustigante que alumia
Quero queimar as dores do amor
purgando os
antigos pecados
da alma que sofre vazia.
Além das estrelas
eu quero chegar
na luz derradeira emanada tocar .
A alma
purificar
enfim me libertar
me
renovar
para
finalmente
voltar a
sonhar!
As 9 Sinfonias de
Beethoven e seu Equivalente Psicológico
Ludwig van Beethoven, célebre compositor de
música erudita, por seu talento extraordinário foi elevado a um dos expoentes
máximos dessa arte. Nasceu em 17/12/1770
e morreu em 26/03/1827.
No esoterismo crístico-gnóstico, sabemos que
esse grande ser é considerado como um grande hierarca das regiões musicais
celestiais (Esfera de Vênus, Mundo Causal). Cada uma de suas sinfonias foi
idealizada para agir nas estruturas psicológicas mais íntimas do ser humano,
enaltecendo os valores intrínsecos superlativos do homem.
DOR QUE OPRIME
Glácia
Daibert
Que vontade tenho de gritar....
... falar da
dor que o meu peito sofre
sentimento que se fere
pelas atrocidades
que me fazem acordar
Num piscar de olhos enterrei
tudo aquilo que
cativei
e que morreria antes de certificar
a infelicidade que ajudei a
criar
Foram nove meses...
... além de quase 2 anos depois
de país a
país e hospital a hospital
... quando achei que tivesse terminado
não
calculei que seria mais atormentado
Hoje sepultei
alguém que tanto
amei...
... na consciência nenhum peso ...
pois toda felicidade
tentei lhe dar
o que a infeliz nunca quis
enxergar.
9.ª Sinfonia
O hino à humanidade
A
9º Sinfonia foi escrita de 1822 a 1824 e executada pela primeira vez em 7 de
Maio de 1824. De todas as obras de Beethoven é a que tem a história mais longa e
complexa (...)
Foi no segundo semestre de 1785 que Schiller, com vinte seis
anos de idade,
escreveu a Ode à Alegria. (..)
SOLIDÃO
Ana Maria
Marya
Sigo-te com imensa ternura,
Paralela, e resignada.
A cobrir
o rosto, frágil, e machucada.
Não me podes ter em tua
vida.
Deixaste-me quando ainda primavera.
Grito-te,
paixão.
Escrevo teu nome nas areias da praia,
Desespero, limite da
minha mão, verão.
Quero que me carregues,
Nos sonhos, não existe
tempo.
Ausência, sede, fome, dor...
Sinto-me terra seca,
A
esperar os pingos da chuva,
Como carícias de amor...
Vida sem vida,
vida sem emoção.
Agora, apenas o tormento,
Musica ao vento, dor,
sofrimento.
Retorno impossível, caminho perdido.
Momentos que jamais
voltarão.
Quisera te inflamar com carinho,
Cores brilhantes, minha
pele,
Na palma da tua mão.
Tua respiração, batidas do coração.
Dias
vividos, decorridos, inverno.
Sofreguidão, absolvição.
Gotas de
vida.
Apenas, solidão...
Segundo Ludwig
Nohl, era do conhecimento público, na época de Schiller e de Beethoven, que o
primeiro tinha escrito primitivamente uma Ode à Liberdade, e que depois,
receando a censura, tinha substituído a palavra Freiheit (liberdade) pela
palavra Freude (alegria). Seja qual for a veracidade desta tradição, é inegável
que ela se tinha expandido muito na Alemanha de então e que Beethoven a
conheceria. (...)
OUTRAS VIDAS...
Wilson de Oliveira
Carvalho
Se outras vidas tivesse,
com certeza
tentaria
evitar os mesmos erros,
para viver muito
mais..
Estaria presente em
todos os
por-do-sol,
vivenciaria o crepúsculo
de todas as
manhãs.
Seria, em qualquer estágio,
um verdadeiro
moleque,
ora brincando de esconde esconde,
ora disputando os
torneios de pião.
Minhas pipas multicoloridas,
seriam
amigas inseparáveis, quando
não estivessem em minhas
mãos,
estariam deslizando pelos céus.
Os bolsos de minhas
calças
estariam repletas de bolinhas de gude,
para a disputa entre
outros meninos,
quando não, seriam munição para
o meu
estilingue.
Depois, quando os filhos
chegassem, seria
minha
obrigação ensiná-los
a serem moleques, seria
como
deixar minha herança para cada um.
Uma coisa jamais
esqueceria,
ensinar-lhes amar cada vez mais,
a ponto de se doarem
e não
serem pedra de tropeço para
ningém....
No princípio do Verão de 1822, (...) no meio de
muitas hesitações, (Beethoven) decide concluir a 9ª Sinfonia em ré menor com os
coros do Hino à Alegria. (...)
É de supor que, se Beethoven mudou de ideias
em pleno trabalho e decidiu fazer da Sinfonia em ré menor uma sinfonia com coros
foi porque tomou consciência de que o significado psicológico dos três primeiros
trechos exigia que a obra terminasse com o Hino à Alegria. (...)
Entretanto,
não é exactamente o texto da «Ode à Alegria» que então é cantado (...) Beethoven
elimina do texto de Schiller todas as alusões políticas e sociais, (...), mas
não podia proceder de outra maneira: a censura de Metternich teria proibido a
obra se Beethoven não tivesse sido prudente. Pelo contrário, há supressões de
natureza
religiosa
que a censura não explica. (...)
Mais Valia
Margaret
Pelicano
Tecer um Conceito sobre algo ou alguém,
É
julgamento!
Somos Todo Mundo e Ninguém,
Por isso, pre/conceito é
pior!...só lamento!
Não se age assim, coisa indecorosa!
Se se conhece
a pessoa ou não,
O Respeito...deve ser o maior,
é o que mais
possa
Imagine no Preconceito,
Julgar sem conhecer
Isso não é
direito,
É abuso de poder!
Tomara se consiga um dia
O
Preconceito evitar
Haverá mais luz à vida
E paz na Terra, nosso
lar!
Em 1848, quando a revolução estala em Dresden e
se combate violentamente nas ruas da cidade, Ricardo Wagner, que está do lado
dos insurrectos, encontra defronte do edifício da ópera de Dresden, incendiado
durante a luta, um combatente que lhe grita: «Herr Kapellmeister, foi a Alegria,
bela centelha dos deuses, que o
ateou!».
Enigma
Mercília Rodrigues
Há no enigma do amor, o indefinível,
que só quem decifra são
amantes,
pois em instante irreversível,
equacionam a emoção de uns
instantes...
Mudas carícias num olhar,
toques indeléveis de
promessa,
nuances de uma voz a nos falar,
no emudecido calor que nos
aquece
Enigmático o amor, mas tão sensível !
Canções silentes no
universo,
mar de crença tão paupável,
nos braços do enigma imerso
!
“O primeiro grande músico tocado pelo
espírito democrático”
Ludwig van Beethoven
Tudo já se escreveu sobre a
arte de Beethoven, mas nunca é demais insistir no facto de que representa o
apogeu da música clássica do século XVIII. Foi o primeiro a desviar a música do
seu destino aristocrático ao dirigir-se fraternalmente a toda a
humanidade
Poema Noturno
Gena
Maria
É noite...
No céu como vaga-lumes a esvoaçar
iluminando
a escuridão para as suas amadas estão as estrelas...!
Como são
lindas... Olhe-as, admire-as!
Sinta como eu a beleza da natureza...
a
beleza do amor que vem de tudo existente
nesta maravilha,que é o meu mundo
noturno!
Ele nos faz sonhar, vibrar e muito mais...!
Porque tudo isso nos
pertence, é só meu... É só teu...!
Tente alguém tirar essa ilusão tua,
minha,
não poderá... Essas belezas: as estrelas,
a lua, a escuridão, tudo
isso é meu enquanto eu o amar ...
e é seu também amor, porque me amas
assim...!
Ludwig van Beethoven nasceu em Bona a 15 de
Dezembro de 1770
e morreu em
Viena a 26 Março de 1827.
Quando (...) perde o pai, tem vinte e dois anos: é
o chefe da família, entregue a si mesmo ou, melhor, à protecção de amigos
dedicados, entre os quais figuram a senhora von Breuning e o conde Waldstein.
Encontra-se então em Viena, a fim de estudar com Haydn, que conhecera em Bona.
Estes ensinamentos serão completados, dois anos mais tarde,
por
Albrechtsberger e Salieri.
Por inteiro
Beatriz por um
triz*
Não queira dividir-me ao meio
ou escolher-me em partes.
Não sou
apenas boca e seios
ou um sexo ocasional.
Sou mulher determinada
que na
vida ousou ser ousada
e nunca se arrependeu.
Fiz minhas próprias
escolhas
sem a influência de terceiros
nunca parti meus amigos ao
meio
impondo-lhes a minha opinião.
Se me agradas teu jeito de
ser
procuro estar a seu lado,
mas se me afasto
ou omito minha
opinião,
é por respeitar o próximo,
sua escolha e decisão.
Cada qual é
um ser inteiro
porém incapaz de julgar,
pois diferentes são os
erros
mas todos fomos feitos para errar.
Nesta época, Beethoven é elegante, mundano, faz a
corte às raparigas no Prater. Graças às cartas de apresentação do conde
Waldstein, é recebido pela alta sociedade vienense, que o aprecia como
compositor e pianista; é um improvisador notável que, já em 1787, espantava
Mozart.
Apesar do insucesso de Fidelio, em 1805, numa Viena em crise
onde Napoleão acabara de se instalar, apesar do êxito medíocre do concerto onde
foram apresentadas, em primeira audição, a 5ª e a 6ª Sinfonias e o Concerto para
Piano nº 4 (compreende-se o espanto de um público pouco «moderno» perante tanta
novidade), Beethoven tornava-se o músico mais célebre da Europa.
A sua vida
sentimental foi, certamente, menos feliz do que a
profissional,
mas é
difícil tirar conclusões (...).
Veredas
Águida
Hettwer
Estilhaços e insólito sentimento, nas veredas
de meu ser,
Interroga-me a alma em esplêndida avidez.
Num momento
de ternura, exprimir a realidade
o toque mágico de corações
enamorados.
Gota de orvalho caindo ao chão sob a luz de uma noite
enluarada,
pensamento vaga distante, vivenciar sonhos, requer alma
despida.
Tecendo idílio poema, mergulhei no teu abrigo na hora
derradeira,
desatando as amarras do passado, na dimensão do
encanto.
Em longo caminho sinuoso, as palavras se perdem desfeitas
pelo forte vento,
Através de prismas coloridos, resgatam sentimentos,
rasgam teias de ilusões.
Refletem a emoção no olhar, espelhos da alma, na
mesma sintonia,
de dois corações translúcidos, prontos para amar, sem
entremeios.
Aflorando a eterna doçura, impregna na mente o perfume de
raro efeito,
A alma em flor revida, espargir pelo ar em gotículas
seduz
e embriaga em tamanha intensidade sob névoa que se esfuma ao
longe.
Nos encantos do amor, deleito-me, nas veredas do sonho embalo minh
´alma.
O verdadeiro grande drama da sua vida -
e de facto dramático - foi, incontestavelmente, a surdez, cujos primeiros
sintomas se fizeram sentir desde 1798-1799, e que provoca o grito de desespero
do Testamento de Heiligenstadt (...) Beethoven ultrapassara a depressão desse
ano de 1802: entre 1804 e 1808 compõe não apenas a 5ª Sinfonia e a Sonata
Appasionata,
mas também o
Concerto de Violino e a 6ª Sinfonia.
À tragédia do silêncio exterior que o
oprime e humilha, vêm juntar-se, a partir de 1815, os intermináveis
aborrecimentos que lhe causa a tutela de seu sobrinho Karl. No entanto, é então
que começa a época de composição das maiores obras. A sua fama é universal:
recebe a visita de Rossini, de Schubert, de Weber e do jovem Liszt, então com
onze anos. Mas não os compreende: independente, orgulhoso, misantropo, cria
voluntariamente o vazio à sua volta, proclama agressivamente os direitos do seu
génio e refugia-se na sua arte. A Missa Solemnis e a 9ª Sinfonia obtêm, em 1824,
um êxito que deixa indiferente este homem superior. (...)
A partir de 1825,
está sempre doente (reumatismo, dores de estômago, icterícia crónica); morre na
tarde de 26 de Março de 1827, de cirrose hepática.
(...)
VÔO SOLITÁRIO
Anna
Peralva
Amor,
Mistério que
inebria
Quando freme o mesmo calor,
Vendaval que a tudo
arrasa
Quando finda a
fantasia...
Solidão...
Torpor...
A suave aragem do
anoitecer
consome gota a gota,
o pranto.
Intangível ao
espelho
A dor refletida n'alma,
Num vôo
solitário
Incógnita,
Oculta e
Absoluta
Esconde em
seu recanto mais ínfimo
A veste argentada da ilusão.
Pensamentos
dispersos
Em névoas densas.
Lembranças imersas
No lamento
da solidão.
Sonhos inertes, sem vestes,
Perdidos na
escuridão.
Mar à dentro,
Adentro
E em
silêncio
Observo os sentimentos,
Em seu bailado
ondulante
Interagindo com as ondas
E navegando além do
horizonte,
Ao sabor das
marés...
Tudo já se escreveu sobre a arte de Beethoven, mas nunca é demais
insistir no facto de que representa o apogeu da música clássica do século XVIII.
Engrandeceu as formas e aperfeiçoou-as ao ponto de as tomar quase definitivas,
mas, sobretudo, foi o primeiro a desviar a música do seu destino aristocrático
ao dirigir-se, para além do público de um espectáculo, fraternalmente a toda a
humanidade. Foi o primeiro grande músico a ser tocado pelo espírito liberal e
democrático do seu tempo. (...)
UMA LOUCURA!
José Geraldo
Martinez
Comete uma loucura na vida...
Nem que seja uma
única!
Despe-te da lucidez comum,
veste-te, da insanidade, a
túnica!
Corre para uma paixão eventual...
Sai de casa sem nada
falar!
Pega uma estrada onde mostre
o sol...
Imagina que ele está a te
esperar...
Não dês notícias,
desliga o celular!
Sente do vento o
beijo,
cobre-te do azul do mar...
Acaricia tua alma,
na palavra com
outro alguém!
Num papo descompromissado,
numa viagem de
trem...
Escuta as histórias que não
sejam as tuas!
As dores
ocultas, nas pessoas
pelas ruas...
Pede carona sem mochilas,
não
sigas certo itinerário...
Estampa um sorriso no rosto,
nos quilômetros
centenários!
Olha as paisagens,
que se desdobram nas lombadas...
O
verde infinito sobre as serras,
as casinhas abandonadas!
Os rios entre
pontes,
o luar entre os montes...
As cidades iluminadas!
O vento que
margeia a longa estrada...
Faze uma loucura pelos menos,
seja dela,
tua cúmplice!
A vida passa e não a vemos...
Faze e não te
culpes!
Não te arrependerás!
Despe-te da lucidez
comum...
Amanhã?
Poderás ter partido!
Não te arrependerás!
Um
loucura sequer,
a maior que possas...
ter
vivido!
O hino europeu
O hino europeu não é apenas o hino da União Europeia, mas de toda a
Europa num sentido mais lato. A música é extraída da 9ª Sinfonia de Ludwig Van
Beethoven, composta em 1823.
No último andamento desta sinfonia, Beethoven
pôs em música a "Ode à Alegria", que Friedrich von Schiller escreveu em 1785. O
poema exprime a visão idealista de Schiller, que era partilhada por Beethoven,
em que a humanidade se une pela
fraternidade.
Pégaso
by Cel
Sou
cavalo alado, cansado,
perdi minhas asas, já não consigo voar,
tento mergulhar em meus sonhos,
meu
sub-mundo sem nuvens
já
não consigo sonhar ...
Caminho entre nuvens vazias,
que
no frio, perderam sua cor, oh dor
já
não sou motivo de sonhos,
cavalgo em terra sem nuvens
já não conheço o amor ...
Meu
trote está cansado,
meu
corpo não encontra abrigo
não
me aqueço no frio, sinto arrepios
tropeço, não sei caminhar,
só aprendi a voar ...
Voar
entre nuvens azuis,
me
aquecer com os raios do sol
e
voltar a sonhar ...
Em 1972, o Conselho da
Europa (organismo que concebeu também a bandeira europeia) adoptou o "Hino à
Alegria" de Beethoven para hino. Solicitou?se ao célebre maestro Herbert Von
Karajan que compusesse três arranjos instrumentais - para piano, para
instrumentos de sopro e para orquestra. Sem palavras, na linguagem universal da
música, o hino exprime os ideais de liberdade, paz e solidariedade que
constituem o estandarte da Europa.
Em 1985, foi adoptado pelos chefes de
Estado e de Governo da UE como hino oficial da União Europeia. Não se pretende
que substitua os hinos nacionais dos Estados?Membros, mas sim que celebre os
valores por todos partilhados de unidade e diversidade.
Hoje parto com as sinfonias...
Maria Thereza Neves
silenciosos papeis
marcas de livros , cartas atadas com fitas
lacrando todos os meus segredos
que
não sopram rumores ou deixam voar letras
plumas que tocam vidraças
das janelas
mesmo nas escadas das mil sacadas
as
portas estão trancadas ...
as
folhas traçam
enlaçam pensamentos
desenham vidas ,perfumes , afagos
registram emoções
e no
coração-porão não deixam um clarão ...
hoje parto com as sinfonias
entre o cantar dos pássaros
nuvens na manhã cinza de nevoeiros
sem
deixar rastros
ou
pegadas do meu viver
rasgando minha simples história
fechando cortinas das flores que murcharam
das perturbantes primeiras chuvas que senti sobre o meu
corpo
das lágrimas de outono
ou
restos do suor de sentimentos perdidos
sem
qualquer sentido ...
Pesquisas nos
sites:
https://www.caminhosdeluz.org/A-287.htm
https://europa.eu/abc/symbols/anthem/index_pt.htm
https://www.diarioweb.com.br/eventos/corpo_noticia.asp?idGrupo=7&idCategoria=42&idNoticia=75249
https://www.pcp.pt/avante/20010816/446s1.html
https://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=1568&op=all
https://www.pcp.pt/actpol/temas/f-avante/festa2001/artistas/sinfonia-beethoven.html
https://educaterra.terra.com.br/voltaire/artigos/beethoven.htm
Beethoven- 9ª -odea
alegria.wav
TTNeves - Arte Rivkah