Aquele assovio
que o vento fazia ao passar
pelas folhas,
aquela música cantada pelo mar,
como se tivesse outras escolhas 
enquanto trocávamos palabras
faladas, silenciosas, olhadas
e nossas mãos presas,
maravilhosamente algemadas..
 
Como foram companheiros
vento e mar, dando-nos a certeza
que a felicidade paira em algum lugar
 e que deveríamos ter obrigação de sabê-la,
de reconhecê-la, de cuidar!
 
Sei que é difícil!
Em toda união parece estar.
Essa essência sensível
parece ser um estado,
 um sentimento, um tempo,
um tesouro dourado,
uma vontade boba de sorrir.
Parece chegar ao acaso,
mas se bailará a dança
dos tempos afins!
 
Felicidade!
Está nas mãos-dadas,
 num apreciar o horizonte,
no acompanhar a maré,
na crença ramificada,
no brincar com os pés,
nas pernas enroscadas no ontem,
na simplicidade!
 
Não a deixe voar!
 
Senão, doerá o coração
quando de alguma janela
alguém lhe apontar
e constatar que esteve
 em sua morada,
que conviveu com ela,
que deixou que criasse asas
e como se não fosse nada
assistiu seu voar..
rivkahcohen
 
 
 
* Yála é um grito de guerra como
 "Vamos", "Agora", "Já"!