Hans Stern

o rei dos diamantes e gemas de cor.

 

Nasceu em 1922,em Essen/Alemanha, faleceu em 26 Out 2007 no Rio de Janeiro/Brasil.

Tendo nascido cego, recuperou a visão do olho direito aos dois anos. Em 1939, com 17 anos, com a família emigrou para o Brasil fugindo do nazismo alemão, chegando com 10 inflacionados marcos alemães.

Se empregou como datilógrafo numa empresa de lapidação e de importação de gemas e minerais; depois foi corretor de confiança dos garimpeiros que lhe entregavam as pedras a fim de as vender no Rio e em S.Paulo;por fim, em 1945 com 23 anos, vende seu acordeão Honner por 200 dólares e com empréstimo bancário de 3.000 dólares arranca com um pequeníssimo escritório de exportação embora as gemas brasileiras tivessem fraco reconhecimento de seu valor no mercado financeiro internacional. Convoca ourives e lapidários europeus, ampliando, alterando e modernizando a produção para no mesmo ano, fundar uma pequena joalharia no Rio de Janeiro, no centro do Rio, próximo à Sete de Setembro, num sobrado na Rua Gonçalves Dias, em frente à tradicional Confeitaria Colombo, junto aos  cais de desembarque de turistas. Em seguida, outra loja em Petrópolis no Hotel Quitandinha. Uma encomenda com exclusividade para o ex-ditador nicaragüense Somoza faz com que mais tarde abra sua 1ª loja em Montevidéu (1955), depois Lima, Quito e Santiago do Chile. O sucesso o levou aos aeroportos e hotéis numa sucessão em 62 anos que extravasou o Brasil atingindo na atualidade 12 países com cerca de 160 lojas.

H. Stern após 1945, em 6 anos começou a concorrer e atingiu o 3º lugar mundial somente atrás da Tiffani e da Cartier, aparecendo nas principais revistas de moda tais como a Ella, Vogue, Marie Claire e outras, além de ser ostentada por  estrelas cinematográficas e figuras do mundo das finanças .

Em 1983 é criada a sua sede mundial em Ipanema/RJ

Embora pessoa tímida, fugindo das entrevistas, de exposições públicas, até difícil de ser fotografado ou de dar dados para sua biografia, sempre demonstrou um espírito aberto ao empreendimento, organizativo, audaz no "marketing", experiente em aprendizagem acumulada, domínio absoluto do controle da expansão da empresa, inovador no seu conservadorismo, culto, de grande espírito gregário: não havia o senhor Hans Stern, alemão e carioca de coração, mas a H. Stern, somatório de todos os trabalhadores.

Foram os seus funcionários que lhe ofereceram a 1ª jóia, umas abotoaduras para a camisa, na comemoração dos 60 anos da empresa, após serem surpreendidos pela simples presença dele na entrada a agradecer-lhes um a um.

Um músico, amante do seu acordeão e violino, além de tocar órgão, preferindo a música clássica. Colecionava selos e gemas raras. Foi um homem que estudou  gemalogia para se tornar desenhador-joalheiro após 15 anos

Seguindo as normas da GIA (Gemmological Institute of America), sempre procurou a qualidade e o desenho evolutivo, tendo criado o 1º laboratório gemológico no Brasil.

De realce a sua defesa das pedras brasileiras, fazendo com que aquele instituto modificasse a denominação de pedra semi-preciosa para a genérica pedra preciosa, dando origem ao reconhecimento mundial das gemas brasileiras.

Stern verticalizou a empresa: desde o garimpo, lapidação, desenho, montagem e comercialização; Stern revolucionou o mercado na confeção de arte: depois da concepção, a escolha de qual tipo de ouro a utilizar, se liso ou texturado; a escolha da decoração desde o brilhante (diamante faxetado) à pedra rolada num estudo profundo de conjugação de cores e formas.

Em 1995 seu filho Roberto que toma a direção, reformulando e dando outra orientação para consolidação da empresa, extravazando o negócio de jóias (abertura de um "spa", um restaurante e uma loja de artigos de decoração).

Atualmente ocupa as áreas de criação e inovação sendo o presidente executivo Richard Barczinski  e Ronaldo Stern o responsável nos EUA, Caribe e México.

 Mary Stern

Roberto e  Ronaldo Stern

Pesquisa de Henrique Lacerda Ramalho

Música ao fundo: Serenade tocada por Itsachak Stern