(MOMENTOS ETERNOS)
Vincent Van Gogh
Edição e Arte - RivkahCohen
Aos trinta dias do mes de março,
do ano de mil, oitocentos e cinqüenta e três, na cidade de Zundert
em Koninkrijk der Nederlanden,
em meio a monarquia, coroa, pompa e muitos conceitos pré-estabelecidos,
nasceu o gênio Vincent
e obviamente,
não foi compreendido!
Se forem pesquisar sobre Vicent Willem Van Gogh,
vão ler que ele falhou
em todos os aspectos importantes para o seu mundo,
porém,
a história é contada sempre por quem sobreviveu e claro,
apresentando sua visão dos fatos,
mas a meu ver,
uma pessoa incapaz não deixaria ao mundo,
essa pinacoteca, que hoje, é uma verdadeira fortuna!
"Incapaz
de manter contatos sociais".
Acho que qualquer um que tivesse uma visão diferente na época,
já não seria tido como normal
e ainda mais
sendo um artista que se recusava a pintar as damas da Corte,
sendo suas preferências os rostos expressivos do povo,
o trabalho na lavoura, o filho do empregado
e tudo que lhe passasse algum sentido.
"Incapaz
de custear sua própria subsistência",
mas se saíssem da mesmice de suas vidas fúteis, veriam o gênio que ali estava e conseqüentemente,
dariam por seus quadros o suficiente para viver,
pois infelizmente,
só reconhecem o valor de um artista, depois que ele morre..!
Foi necessário um colecionador do Japão ir a um leilão e dar o lance jamais visto por um de seus quadros para que esta sociedade que escreveu sobre ele, começasse a dar o seu devido valor!!
Infelizmente
para esse gênio que simplesmente amo,
suas últimas palabras lhe foram reais a sua vida inteira:
"La tristesse durera toujours"
- A tristeza durará para sempre -
Ofereço essa Edição à Maria Thereza Neves
que foi quem idealizou essa forma de divulgação.
Com ela
estive junto, através da arte,
quando publicávamos pela Academia Virtual Brasileira de Letras,
posteriormente
pelo Poesias e Atualidades.
Após
muitos anos sem fazê-las,
um belo dia,
minha querida Ciducha
tirou do seu baú de recordações
uma de tantas que fizemos.
Nossos corações cheios de saudades resolveram
que poderíamos fazer sozinhas
e assim
apresentamos
vinte e cinco edições
e hoje,
aproveitando que ela se encontra ausente da Net,
achei por bem lembrá-la
e claro,
deixando registrado para as gerações futuras
que um dia, há muito tempo atrás
era possível
parar tudo que se estava fazendo
e tendo como figura central,
alguém que também não queríamos esquecer,
colhíamos
um poema aqui, outro acolá
com objetivo único
de unir esse povo sensível e em extinção
chamado POETA.
POETAS:
Aos 16 anos, Vincent começou a trabalhar para um comerciante de arte estabelecido em Haia. Quatro anos depois foi transferido para Londres e depois para Paris, mas Vincent estava cada vez mais interessado em assuntos religiosos.
AQUARELISTA!Nídia Vargas PotschQuisera ser aquarelistada minha própria vidae pintá-la com as coresdo alvorecer ... cores de viver ...Numa cromia de amorlembrando a melodiaque se sabe de cor ese guarda na memória.Juntaria as tintas na palhetafazendo estranhas combinações.Nuances de todos os tiposcom pitadas apimentadasde diversas sensações ...Misturaria alho com bugalhos,criaria luzes e matizes nacarados,nem frios, nem quentes,num colorido complementarrefletindo eterno encantar.E no contraste supremode beleza e cor,enfeitaria minha vidacom uma policromia de amor ......*...
O meu poema é música sem
partituras,
rabeca troncha e sonsa de uma nota
só.
Paixão que bebe a doce clave das
loucuras
nas batutas do amor, poeira, pedra e
pó.
O meu poema é mote de enganar agruras,
jazz que me envolve em tela azul de rococó.
Pincel, paleta e marcas de velhas
cesuras
no corpo de sonetos que amarro e dou
nó.
Silêncio de relâmpago e luas
desertas,
luares e palavras de aluar
pateta,
para cumprir a sina: poeta ou poeta!
Sigo pelos caminhos de portas
abertas,
rasgando a solidão da palavra
concreta,
desafinando a orquestra e a ponta da caneta.
Quadro
jose luiz
donatto
que é o drama da vida.
Linguagem nem percebida,
quando é o mundo que dita
a rota de quem acredita,
que aqui para
sempre termina
um ciclo de sorte ou de dor
de uma existência finita.
Na estrada evolutiva
o quadro sugere sempre
no ato
representado
uma cena linda pra vida.
Pois, atrás da existência,
sem enredo ou devaneio
a cena é repassada,
ora fim, princípio e meio.
Drástico é o enfático,
do real sempre perfeito
que apresenta a
moldura
do outro lado do mundo.
Se não melhorarmos a
mente
na dor do remanescente
de um passado no presente.
Fica a foto em cinza
e preto
de um retrato antecedente.
jjluizdonatto
...*...
Entre 1877 e 1878, estudou
Teologia em Amesterdã, mas não chegou a acabar nenhum curso no tema, em vez disso mudou-se para a Bélgica, onde se
ocupou como pastor laico por seis
meses.
Na Primavera de 1886, van Gogh mudou-se para Paris, onde dividiu um apartamento em Montmartre com o irmão Theo.
Pintura
Sandra Ravanini
Dos quadros que me olhavam da
parede,
pinturas desbotadas assim como
eu,
a sorte decaia agônica na
rede,
em vida
esquecida num seco pincel.
Na cadeira gasta, a seda
atonia
gemendo perdida no amor que
morreu,
certo dia valsava as quimeras que
cria,
ainda que algemada nas mãos do
adeus.
Enquanto ria um sem nome e sem
olhos,
fitando seu fim no trigueiro
espelho,
trincado convexo um réu em desfolho,
no reflexo retido mil
desesperos.
Efêmeras vidas preenchendo
lacunas,
nas celas de espera o sono
grassa,
a poeira da via já fende a
coluna,
e na sala o ato cessa sua
graça.
Das portas que abrem todas as
desgraças
um enredo dourando outros
fracassos,
se misturam a cal brindando as
taças,
na tela onde reconheço meus traços.
...*...
Foi nesta altura que Vincent conheceu os pintores Edgar Degas, Camille Pissarro, Emile Bernard, Henri de Toulouse-Lautrec e Paul Gauguin e descobriu o movimento impressionista.
Imagens
...*...
Na Primavera de 1886, Van Gogh mudou-se para
Paris, onde dividiu um apartamento em Montmartre com o irmão Theo.
ARTISTA
Grace
Spiller
Gosto
Ah! Como
gosto
De tua
ousadia
Quando
brincas de artista e
Com o
lápis-dedos-língua-nariz
Começas a
tatuar-me
Inventando
desenhos em minha pele e
Traço
preciso
Em retas ou
curvas
Vais
subjugando a minha vontade
Eriçando meus
pêlos e minha pele
Colorindo
meus pensamentos
Acordando
fantasias
E instigando
lúdicos desejos
Que logo
descobrem caminhos
Novos
atalhos
Trajetos
floridos
Úmidos de
orvalho
Plenos de perfume e sabor
Cheirando a paixão e amor.
...*...
foi daqui que van Gogh retirou as maiores influências
para a sua obra como o uso
da técnica do pontilhismo.
Pintura
Intima
Tere
Penhabe
Meus pincéis
vão delineando
lenta e
suavemente
seu corpo
quase perfeito.
O rosto
másculo surge
com seus
traços fortes
que atraem
meus lábios
como se tivessem
vida.
Vão surgindo
os ombros
que parecem
suportar o mundo
e todas as
paixões que ele contém.
E o peito
imponente
de salientes
músculos
parece
esconder um coração
que a minha
arte não revela
mas canta
batidas que eu ouço
que aquietam
minha alma
sempre tão
sedenta de amar.
E as tintas
dançam solenes
dando vida às
suas formas
impregnando-me
as mãos
como se elas
fossem Deus a criá-lo.
É apenas uma
pintura
mas
provoca-me arrepios
tocada que
sou, profundamente
pela minha
própria criação.
A pele que eu
pintei me aquece
os braços que
moldei me envolvem
triturando-me
os desejos
evocando-me
paixões
satisfazendo-me!
Sonolento meu
corpo repousa
na cratera de
um vulcão
que me
absorve inteira e me consome
tirando-me de
cena
deixando na
tela apenas
minha melhor
criação:
- Pintura
íntima!
Itanhaém,
06/05/2003
www.amoremversoeprosa.com
MaséFrota
Avaliei sem demora e sem cantigas as
direções
Enveredadas no tempo; cartas ao léu
marcadas
Revestidas ânsias despercebidas,
em incansáveis
Chamas vivas...Quase inalteráveis ao nosso
amor.
Entreguei-me como uma obra d´arte
aprimorada
Colorida por pincéis, tal como uma tela de
pintor
Intentas relevâncias realçavam brilho com amor
Ruborizando inflexível paixão,há muito
lapidada.
Secretos instantes...Agora em painéis irão
compor
Permanentes lembranças, guardadas em
relicário,
Cravadas em ouro por toda uma vida o nosso
amor.
Jamais entenderei com o tempo discernir o
coração
Sofrerei calada no silêncio pintando a cores
os atalhos
Deslocarei em cursos os pincéis...Encontrando a
solução.
MariaJoséCaminhadaFrota
Fortaleza-CE / 2006-11-16
...*...
ARTE FINAL
TONS
Anna
Peralva
Peguei as telas,
limpei os pincéis,
separei as aquarelas.
Ao lado do cavalete
desnudei a alma
em ínfima calma
e fui colhendo as emoções
que desejei transmutar.
Desenhei os sonhos,
retirei seu manto enodoado
e pincelei tons argentados.
Do vermelho carmim,
pintei as pétalas da rosa
que enfeitam jardins
e no seu desabrochar
renovam a esperança
de um novo amanhã.
Na face pálida e triste
das incertezas,
matizei um róseo
de rara beleza.
Do negro da escuridão,
que embaça o brilho do olhar
e acolhe a nostálgica
solidão,
pincelei a aurora que se
deita
nas ondas mansas do mar
onde a visão se perde no
horizonte
em busca da eterna fonte.
Da morte... roxa ou
acinzentada,
azulei VIDA com pinceladas
coloridas de esperança e fé.
Guardei para o final
a minha predileta,
aquela que a tudo desfaz
e emoldurei minha arte
tentando fazer minha parte,
com a cor branca da PAZ.
...*...
Pintor…
Iara
Melo
Tentas retratar na
tela
O que “hora
espelho”...
Tua arte conseguirá disfarçar
sentimentos
Resguardados nas entranhas do meu
eu???
Nada indecente ou
anómalo,
Apenas melancolia que teimo em camuflar,
até de
mim…
Será que tu conseguirás como
eu
Emoldurar um semblante venturoso
Sem alma
padecente???
Conseguirás!!!
Este é o nosso dom, a nossa
missão
"Recolorir" o cinza do
horizonte
Verdejar matas secas, reflorir desertos
Transformar almas ressequidas
Em poços de júbilo e de
amor.
Portugal, 16 de Novembro de 2006
(22:07:02)
Em 1888, Van Gogh deixou Paris e mudou-se para Arles no Sul de França, um local que o impressionava pelas paisagens e onde esperava fundar uma colônia de artistas.
DESENHOS NAS NUVENS
ARNEYDE T.
MARCHESCHI
Ontem, assistimos ao lindo
pôr-do-sol de mãos
dadas.
Olhando o azul do
céu,
tentávamos decifrar os
desenhos
formados pelas
nuvens...
Ficamos ali, na praia, como dois
jovens
encantados com a beleza que
se
descortinava diante de nossos
olhos...
Parecíamos
hipnotizados
pela magia do
momento,
e por nosso amor tão
terno,
ao mesmo tempo ardente, e tão
lindo!
Você me olhava ternamente e
eu
extasiada retribuía o seu olhar...
Às vezes, ficávamos em
silêncio
e nesse momento eu
agradecia
a Deus pelo lindo presente
que ele me deu, após
tantos
anos de dor, de
tormento!...
Meu coração está mais
calmo,
mais sereno, porque
a alegria voltou ao meu
ser...
Sinto-me como que
renascida!
Hoje, sou feliz
porque
tenho
você!
Vitória - ESanto
A Arte do Encontro
Com os tons da aquarela,
você traduzia na tela
toda a pureza que havia
na minha vasta
poesia.
Já sua arte era tão
imensa
que me levava à
procura
da perfeição mais
intensa:
eu poetava a pintura.
As letras falando de
amores
não rimavam sem as
cores;
a palheta com seus tons
diversos
não era nada sem os
versos.
As imagens que você
retratava
falavam através da
palavra;
a primavera escrita em
papéis
não florescia sem os
pincéis.
As musas da sua
pintura
combinavam com a
criatura
que eu pintava nos
poemas,
embelezando os meus
temas.
O que seria do
pintor,
sem poder falar do
amor?
O que seria da
poetisa,
sem rimar usando a
cor?
Essa união durou
muito,
foi profícuo o nosso
encontro:
para rimar ou pintar
um precisava do outro.
...*...
Foi para decorar a sua casa de Arles que Van Gogh pintou a série de quadros com girassóis, dos quais um se tornou numa das suas obras mais conhecidas.
O
Amor em Pintura
Nancy
Cobo
Ao
olhar as linhas bem traçadas, dessa
tela
e
vendo as mãos do pintor criar
imagens que nos leva a uma
viagem
de
sonhos e realidades.
Dois
corpos deitados lado a lado.
Pintura
tão perfeita
Que
começo ver a nossa
imagem
refletida
nessa tela
Ao
sentir o cheiro da
tinta
Sinto
o gosto do teu beijo
E quando olho
novamente
Vejo
novas cenas bem definidas
A
cena da entrega total
de dois corpos
cedentos.
num
embalo de cor, luz e amor.
Toda
pintura retrata a
realidade,
a beleza e a verdade do que é a vida.
...*...
O estilo de pintura
acompanhou a mudança de seu estado de espírito.. Trocou o pontilhado por pequenas pinceladas e
quando ficou extremamente triste usou a técnica de curvas
espiraladas.
QUASE ABSTRATA
Célia Jardim
Tudo que eu via na tela
via bem mais que estava nela
não, não era pintura abstrata
só eu sei o que ela retrata
As mãos que a ela deu vida
podia senti-las bem ali
não, elas não estavam à vista
estão estampadas em mim
Aquela tela na parede
é o meu espelho maior
nela eu vejo água e sinto sede
o artista me sabe de cor.
...*...
Tê-la, nunca mais
Tonho França
Desfolhei-me em tantos outonos,
Refiz tantas vezes o mesmo bordado
Lavei-me nas xícaras, e nas chuvas
No café amanhecido e nas sacristias
As paredes ainda cantam a nossa música
Ainda guardam teu rosto na tela
(o tempo estático não te permite envelhecer)
pintei-te em tons de eterno, giz pastel
lágrimas e dedos percorrendo cada traço
cores neutras da minha vida
sombra e luminosidade, no olhar abstrato
o sorriso que me fere, sangrei dores e rosas
tom de pétalas do teu lábio, tão vivo, tão exato
na moldura, sou eu a sentir a clausura,
você viva...você vive,
eu, pintura...
...*...