RevisTTa

(MOMENTOS ETERNOS)

A DANÇA!

Edição TTNeves - Arte Rivkah

Editorial
 
A dança nas suas mais variadas formas,
nuances, sabores ... 
é como estivéssemos pendurados nos fios das notas
suspensos nos sopros da melodia ...
os pés nos ritmos que dançam, trocando plumas....
 
Coreografias mil desfilam em Valsas, Tangos, Bolero ,Samba ,Rumba ,Flamengo,
Dança Cigana ,Fado , Dança do Ventre ...
enquanto os corpos viajam nas palavras dos poetas
que as exprimem como se as encarnassem
passos a passos com a sensualidade dos perfumes
e as cores da magia.
 
A dança é pensar com o corpo.
E será necessário pensar com o corpo?
Talvez não para sobreviver, mas sim para viver.
 
Um pouco da História de algumas danças,
 os delírios, sentires de quem tem na alma
uma escala solfejando, dedinhando teclas,
cordas nas estrelas, harpas , violinos
e na sua melodia
todo o esvair da própria emoção.
 
O mundo de criatividade e encantamento atingi dimensões
 que nos levam  a desengessar a espontaneidade artística,
a recriar realidades, a reanimar sentidos,
a tecer novas significações e ressignificar outras,
enfim, tudo isso nos leva a simplesmente sermos.
 
Sejam muito bem vindos a este salão,
sei que todos vão se encantar
 e conosco dançar-voar-amar !
 
16/Julho/2006
Maria Thereza Neves
 
 
POETAS
 
Nídia Vargas Potsch/Jorge Linhaça/Beatriz por um triz/Sonia R./Yvonne Anita Muller/Paulo Silveira de Ávila/Humberto Amancio/Eme Paiva//Marici Bross)/Vyrena/josemir tadeu/Schyrlei Pinheiro/Watfa/Tonho França/Silvane Saboia/Iza Mota e Marcial Salaverry/Celina Miranda/Dueto Mary Trujillo & Alberto Peyrano/Eugenio de Sá/rivkahcohen/Tere Penhabe /Delasnieve Daspet/Pedro Valdoy/Maria Petronilho/Maria Thereza Neves/Zena Macial/Nathan de Castro/Rosa Pena/Regina Bertoccelli/Otávio Coral.
 

 
Valsa

Jairo Severiano

Embora conhecida desde o século XV, quando surgiu na Alemanha, a valsa só seria aprovada na Europa no início do século XIX, quando se expandiu como uma das danças de salão mais apreciadas no mundo ocidental. Foi por essa época (1808) que a família real portuguesa a trouxe para o Brasil. Gênero ternário, o primeiro a ser dançado por pares enlaçados, a valsa adquiriu formas distintas ao adaptar-se ao gosto dos países que a importaram. Assim aconteceu no Brasil, onde está presente em todos os níveis musicais, do folclórico ao erudito, destacando-se principalmente no popular.
 
 
DANCE COMIGO, VEM !
Nídia Vargas Potsch
 
Harpas, bandolins, violinos,
todos podem nos sensibilizar,
mas quando ouvimos o tango,
esse sim, mexe com a gente, tem seu lugar ...
Um tango é sensual, um apelo emocional,
onde unir corpos e mentes,
deixar-se envolver pela melodia,
flutuar, rodopiar, viajar no sonho,
na satisfação plena do memento, é fundamental.
Abraça-me forte, vem comigo!
Envolva-me em seus braços
Faça-me vibrar no seu diapasão.
Afinal, temos um encaixe perfeito,
com molho, mel, tesão e paixão
e toda a sensualidade de um belo par.
Dance comigo, vem! Vem dançar!
Este tango está a nos chamar
para essa dança sagrada e milenar,
repleta de emoção, que se chama: Vida!
 



A mais antiga notícia que se tem de valsas brasileiras encontra-se no diário de Sigismund Neukomm, músico austríaco que viveu no Rio de Janeiro entre 1816 e 1821. Lá, nos dias 6 e 16/11/1816, estão registrados a realização de uma fantasia sobre uma pequena valsa e os arranjos para orquestra, com trios, de outras seis compostas por S.A.R., o príncipe Dom Pedro. Pertenceria assim a Sua Alteza Real, o então jovem príncipe, depois Imperador Pedro I, a primazia da autoria de valsas no Brasil.

VALSA AO ANOITECER
Jorge Linhaça
 
Quando o céu se enche de cores ardentes
prefaciando o cair da noite em negro véu 
valsa minh'alma em rodopios de carrossel
Uma valsa suave, maravilhosa, envolvente 
 
Mil estrelas a cobrir-me como um dossel
A lua a achegar-se assim  sorrateiramente
Com seu argênteo brilho tênue , envolvente
banhando-me o corpo a valsar, alí, ao léu
 
Flui de minha mente a maviosa sinfonía
Bailo ao som das batidas do meu coração
como se fossem  hoje os idos e findos dias 
 
Quando casais em plena e dileta alegria
Se deixassem deslizar assim pelo salão
Com graça, encanto e serena galhardia
 

Embora viesse a se tornar um dos gêneros mais difundidos, a valsa só começou a se firmar entre nós na segunda metade do século XIX, a princípio como composição instrumental e depois, já na virada do século XX, como canção. A partir de então consolidou-se como forma preferida de música romântica, hegemonia que só veio a perder no final da década de 1940 para o samba-canção. Seu prestígio chegou a influenciar a própria modinha, que acabou adotando o padrão três-por-quatro. Fizeram valsas no século XIX compositores como Salvador Fábregas, Francisco Libânio Colás, João Batista Cimbres, Antônio dos Santos Bocot, o erudito Carlos Gomes e os grandes Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga e Anacleto de Medeiros.
 
 
 
Ah, como é bela a loucura!
(Beatriz por um triz*)
 
Como insana danço ao vento
em meio a raios e trovões.
Criação ou criatura
que importa !
se a loucura
nem fére meus pés no chão.
 
Ah, como é bela a loucura!
 
Se me apunhalas, nem sinto
não tenho medo ou pudor
de revelar o que sinto
rindo da minha dor
 
Ah, como é bela a loucura!
 
Na dança do temporal
a lança que fére a alma
não estilhaça o cristal
 
Deixaste-me ao relento
sofrimento quase fatal
mas na insana dança do tempo
já não me podes causar mal
 
 
 
TANGO
 
O tango é um estilo musical e uma dança a par proveniente do Cone Sul da América do Sul. Nasceu a meados do século XIX em Buenos Aires e Montevideo. No início do século XX espalhou-se pela América do Norte e pela Europa.
 
 
Não confundir com o palo flamenco, o qual igualmente é chamado de tango, não tendo, contudo, a ver com o da tradição latino-americana.
 
 
SENTINDO-TE
Sonia R.
 
na penumbra do quarto
 
à meia luz dos suspiros
 
e o tinto sabor de um tango.
 
                  
 
Origem do Tango
O tango é uma música de origem negra. Primeiro era uma música profana, “com um ritmo bárbaro”, executada por tambores, atabaques e outros instrumentos membranófonos, acompanhada por um bater constante com as palmas das mãos e por um canto sincopado. A dança era sincrônica, frenética, quase ato sexual. Eram os “candombes” dos negros de Buenos Aires, entre o meado e o fim do século XVIII, e também de Montevidéu, quando eram eleitos os reis e rainhas das várias “nações” (etnias) negras. Depois, como resultado do sincretismo de culturas africanas e
 

DANÇA DO AMOR EM CÍRCULO.

Yvonne Anita Muller


Cabelos soltos ao vento ,
no firmamento a lua!.
corpos entrelaçados de amor.
bailam ao som da música, 
dançam em circulo!

Jogam pétalas ao pisar.
no chão fértil , no bailar.
delicado, aroma de terra molhada.
perfume  suave  no ar ,
pés descalços
bailam.
no princípio!

A semente  fecunda se fez,
corpos entrelaçados de amor.
uma alma , um só pensar.
um só sentir,um só amor,
passos lentos no bailar.

Brilho no olhar ,
coração a pulsar
respiração a parar,
corpos a flutuar.

No firmamento a lua espreita,
a observar, nossos corpos
a dançar, em circulo,
para o principio da vida recomeçar .
e a terra a semear.

européias, houve uma espécie de abrandamento da música, do ritmo e da dança, o que resultou em uma ladainha, um embalo, quase música cristã: era a forma dos negros, escravos e libertos, participarem da procissão de “Corpus Christi”. Depois houve uma outra transformação, de volta às origens africanas, agora uma procissão dançante, não religiosa, “os tambores”, que eram realizados todos os domingos e feriados. Era a festa dos negros de Buenos Aires, que durava de meio dia até altas horas da noite, na Praça da Vitória, à qual compareciam o Ditador Rosas, sua família e altos funcionários do governo.

 
 
 
DANÇA

Paulo Silveira de Ávila

 

 

Acordei...

Impregnado de desejos.

Imagino-te inteiramente despida,

dançando a dança do ventre,

em frenética volúpia.

À borda do cálice marcas de batom

com cheiro de vinho tinto.

Na cama lençóis vermelhos amassados,

roupas jogadas ao chão,

a alegria farfalha

nos poros dilatados pelo suor.

Palavras quase nada,

olhos cheios de imagens,

o enlevo, a música e a lasciva.

Síntese erotizada de corpos

que se magnetizam

nos meandros do jogo amoroso.

 

 
Com a grande emigração de europeus, a música e dança foi como que “contaminada” por outros gêneros musicais, tais como a “habanera” e a “milonga”. O primeiro é um ritmo de origem afro-cubana que foi levado para a Espanha e que, modificado, retornou à América. É uma música de compasso binário, com o primeiro tempo fortemente acentuado, com uma curta introdução seguida de duas partes de oito compassos cada uma, com modulação do tom crescente.
 
 
 DANCE A DANÇA DOS CORPOS
NO AMOR COMIGO
 Humberto Amancio®
 

[Faz comigo a dança do amor]
Uma dança  insinuante, livre e que libertam
Os corpos em busca do prazer,
Sem limites sem passos certos
Essa dança sem inicio sem final,
Essa dança de nosso querer,
Feita de mistérios escondidos
Que ao tremor de nossos corpos antevi dos
Que faz com que sejamos os corpos
De cavalheiros e damas no salão
E de amantes sem limites quando nus
Com melodias suaves de amor a tocar
Enquanto nosso toque apenas insinua
A dança do amor que sabemos será
O grand finale dessa melodia
Que é o amor que ao fim dançaremos.
 
O segundo é um canto e dança da Andaluzia que, nos fins do século XIX, se popularizou nos subúrbios de Montevidéu e Buenos Aires. A fusão dos tambores com a habanera, com a milonga e com ritmos de origem européia, resultou em
um som mestiço, em um ritmo menos sexual mas ainda sensual.
 
 
 
BOLEROS E ROSAS
Eme Paiva

Era uma Era de muito bolero
A cada baile,
uma rosa vermelha você me entregava
e minh'alma, romântica, você cativava.

Harmonia nos passos da dança:
meus pés, extensões ritmadas dos seus.
Corações disparados... rostos colados...
indisfarçável química, rolava
despertava e mais e mais nos ligava!
E a rosa, quase esmagada, entre nós,
sob a força do nosso abraço,
a tudo testemunhava!

E seguimos dançando a vida,
com a mesma harmonia,
Até que Deus o levou!

Ficaram os bailes nas dobras do tempo
e hoje a saudade me traz a
ouvir os boleros e assim, revivê-los...
Seus braços, na dança, me envolvendo,
carinho com jeitinho tão seu!

...um repentino aroma de rosas,
nessa hora me faz notar,
que caiu-me dentro da alma
a rosa vermelha, bela, etérica,
que você acabou de jogar para cá!

Maria Mercedes Paiva

show de tangoQuanto à expressão “tango”, em diversos dialetos de regiões de onde provieram os mais significativos contingentes de escravos vindos para a América (Congo, golfo de Guiné e Sudão meridional), significa lugar fechado, círculo e esconderijo. Os traficantes se apropriaram do termo para identificar os locais de concentração de escravos, antes do embarque e após o desembarque.
Na América o termo teve vários significados, porém sempre diretamente ligados aos escravos africanos ou aos seus costumes e cultura: reunião de escravos boçais, local de bailes, música de escravos. Hoje, a palavra tango significa essencialmente a música nacional Argentina - Tomislav R. Femenick
Os lugares onde se dança o Tango são chamados Milonga.
 
 
 
Dançar, Viver, Amar.
(Marici Bross)

Dançar, viver, amar.
Nada melhor
Um amor que surge
Num fulgaz momento

Dançar, viver, amar
Como nos velhos tempos
Onde o amor fez morada
E nossos corações entrelaçou.

Dançar, viver, amar
Um sonho bom
Que acalentamos,
A espera do momento certo.

Dançar, viver, amar
Como é bom ai estar
Em teus braços de amor
Pelo salão a rodopiar.

Corpos que roçam
Olhos que penetram
Brisa que acalenta
Dois corpos, a rodopiar.

Dançar, viver, amar.
 
BOLERO
O bolero é um tipo de dança e uma forma ou estilo musical.
Espanha
O bolero tem a sua mais remota origem na Espanha no final do século XVIII, derivado do fandango. Trata-se de um ritmo lento, sendo dançado tanto em solo como em par, com uma música cantada e acompanhada por castanholas e violões.
 
Viajando na melodia

Vyrena


Gaivotas... beijando o mar.
Assim defino meus dedos...
deslizando pelo teclado...
extraindo dos bemóis
e dos sustenidos...
das breves e semibreves...
mínimas e semínimas...
sonoras sinfonias

que se espalham pelo ar...
singram meus ouvidos...
aturdindo-me os sentidos...
tirando-me desse mundo...
transportando-me
a um mundo onírico...
Do qual nem penso em voltar,

De olhos fechados ...
perco-me em devaneios.
Viajo nas asas da harmonia
produzida pelas notas
que comparo a andorinhas...
planando no azul do céu.

Meu corpo se desvanece!
Só sinto a leveza da alma
que flutua...flutua...
ao sabor da melodia!

 
América Latina
O bolero cubano surge com Tristeza, composto em 1883 por José Sanchez, sendo posteriormente adoptado pelos mexicanos, e depois por toda a América Latina.
 
 
chora a melodia que eu vivi...
 josemir tadeu
 
ao invés de mergulhar nos góticos, inscritos e  ditos,
do fogo que ardeu a medieval era dos malditos,
sinto que melhor ressona em minha alma situável,
as lágrimas de um choro saudável,
que se fez circunscrita na melodia que vivi,
e vivo no hoje e no sempre,
através do teu bailar, do teu doce espargir...
 
 
a querer desbravar o vazio do insipiente,
prefiro viajar pelo que ressona pelas preamares azuis,
que se insculpe pelas paredes do corpo da gente,
e indiferente, não se atrela ao que se reduz...
 
 
a querer pregar a dita sabedoria prepotente,
aquela que se faz incoerente,
pois que não adeja pelo nosso dia-a-dia,
feito ressonar consistente de alegoria,
que mesmo se fazendo fantasia,
já reverbera no som de nossas vidas,
a esperança, a magia,
de que coloridas,
nossas atitudes serão difundidas,
inseridas,
numa forma fácil de serem aprendidas...
 
 
ao invés de buscar o talvez dos significados,
prefiro adentrar-me no que sobejamente,
se faz conhecido, vivido, calejado,
e mansamente,
permitir que chore de tão divina,
a melodia que deságua em ti,
abluindo-me, revalorizando minha sina,
valorando o que eu vivi...
e viverei pelos restos dos meus dias,
não somente nesta existência,
mas em todas, que apresentarem a essência,
do encantado chorar dessa suavidade,
que se fez em ti,
na melodia viva, que motiva, que invade,
e faz-me viajar
nesse teu maravilhoso bailar...
 
josemir (ao longo...)
 
 
Bolero (Boléro, no título original francês) é um balé composto em 1928 por Maurice Ravel. É uma das mais célebres obras musicais de todos os tempos.
A origem do Bolero provém de um pedido da dançarina Ida Rubinstein, que encomendou a Ravel a criação de um balé a caráter espanhol. Ravel pensou poder arranjar alguns extratos de Iberia, um conjunto de peças para piano de Isaac Albéniz, mas ele não pôde obter os direitos de fazer como desejava, pois Albéniz havia dado os direitos de arranjo a seu pupilo Ferdinand Enrique Arbos.
 
 
Valsando com a Vida
Schyrlei Pinheiro

com os raios do riso;
transpiraremos as gotas de orvalho
com perfume de flores,
regando o amor
que colhemos de nossos sonhos;
quero poder rodopiar entre nuvens, 
 flutuando nos braços do tempo,
 abastecida de energia 
até alcançar  o brilho das estrelas,
que continuarão a embalar  a nossa utopia
de valsar com a vida.

 
Em vez disso, Ravel compôs uma nova obra.
Na República Dominicana, surgiu, na década de 1960, uma variante do bolero chamada bachata.
 
Tango

Watfa

Entrelaçados corpos no jogo
de seduçao dos movimentos.
Brilhos nos olhares em fogo,
deixam marcas nos lamentos
do tango que invade veias,
percorre os corpos trêmulos.
Nos abraços, cruzadas teias
afastam os prováveis êmulos...
Erotismo pairando nos ares,
paixão do enlace ardoroso
ferve nas almas dos pares,
enternece o laço amoroso!
 
 
Samba
 
A música brasileira em sua essência
 
Tárik de Souza
 

Gênero básico da MPB, o samba tem origem afro-baiana de tempero carioca. Ele nasceu nas casas das "tias" baianas da Praça Onze, no centro do Rio (com extensão à chamada "pequena África", da Pedra do Sal à Cidade Nova), descendente do lundu, nas festas dos terreiros entre umbigadas (semba) e pernadas de capoeira, marcado no pandeiro, prato-e-faca e na palma da mão. Embora antes de Pelo Telefone, assinada por Ernesto dos Santos, o Donga (com Mauro de Almeida) em 1917, outras
 
 

De alma limpa.

Tonho França.

 

Vou sair às ruas, dançando sombras,

Colhendo luas, pulando os muros,

Entregando as flores, rasgando os jornais

Vou sair descalço, e com alma limpa

Descer as ladeiras sem culpa alguma

Tocando bandolins de borboletas azuis,

Canções de falem de vida, na noite escura

Acordando o mundo numa só janela,

Vou, vou sair poeta, vou ser a rua,

Vou ser a sombra, que floresceu no muro,

Vou, vou entregar as luas, descendo as ladeiras,

Vou, vou nascer antes de chegar o dia,

Na alma encantada das borboletas azuis,

De alma limpa, e cara pintada de mim,

Entoando versos alados, acendendo o mundo,

Nos acordes mágicos dos bandolins.

 

 
gravações tenham sido registradas como samba, foi esta que fundou o gênero – apesar da autoria discutida e da proximidade com o aparentado maxixe. Também nesse estilo ambíguo são as principais composições de José Barbosa da Silva, o Sinhô, auto-intitulado "o rei do samba", que junto com Heitor dos Prazeres, Caninha e outros pioneiros estabelece os primeiros fundamentos do setor, que ganharia uma feição mais definitiva com a chamada "turma do Estácio".
 
 
 
Dança comigo
 
Silvane Saboia
 
 
 
 Vamos amor me dê a tua mão
 
me enlaça a cintura
 
abençoando a paixão
 
dança comigo, sem medo..
 
se entrega ao sonho
 
esquece as dores
 
os temores de amar
 
nesta canção...
 
 
 
Que já vai tarde o dia
 
e só existe a poesia
 
no meu coração!
 
 
 
Formada por Alcebíades Barcellos, o Bide, Armando Marçal, Newton Bastos e Ismael Silva e mais os malandros/sambistas Baiaco, Brancura, Mano Edgar, Mano Rubem (uma brodagem bem anterior aos manos do hip hop), essa corrente injeta uma cadência mais picotada no samba e tem o endosso de filhos da classe média como o ex-estudante de medicina Noel Rosa e o ex-estudante de direito Ary Barroso, que redimensionam o estilo através de obras memoráveis. Com a explosão da era do rádio a partir dos anos 30, o samba ganha enorme difusão através de cantores como Francisco Alves, Orlando Silva, Silvio Caldas, Mário Reis, Carmen Miranda - que consegue projetá-lo internacionalmente a partir do cinema - e mais adiante Dalva de Oliveira, Aracy de Almeida, Elizeth Cardoso, entre outros.
 
Quero contigo dançar
Iza Mota


Quero contigo dançar,
em teus braços estar.
A música ver você colocar.
E a nos observar,
apenas a luz silenciosa do luar.
 
Segurando minhas mãos para
 teus braços lentamente me levar.
Bem pertinho um do outro
pela cintura me puxar
e meu corpo no teu encostar.
 
Neste ritmo sentir tuas mãos
suavemente as costas acariciar.
Tua respiração me atordoar
e sussurrando ao ouvido
confessar que estas a me desejar.

Quero muito contigo dançar
E quase sem sair do lugar
quero tua nuca acariciar
em teus olhos olhar, e o
doce dos teus lábios provar

Sentirmos a pele arrepiar
os sentidos todos despertar
o coração apaixonado acelerar
Uma gostosa excitação
aflorada por toda emoção.
 
&

VAMOS DANÇAR ENTÃO...
Marcial Salaverry
 
Certamente será como um sonho...
Mas um sonho bem risonho...
Como um sonho será,
a idéia de bailar contigo,
encostando umbigo com umbigo...
Veja como sentirás
teu coração, batendo com emoção,
sentindo o pulsar do meu coração...
Minhas mãos em teu corpo passeando,
enquanto estivermos dançando,
rodopiando pelo salão,
sentindo sempre uma quente emoção...
Grude mais um pouquinho,
chegue mais pertinho,
deixe teu corpo ao meu coladinho...
Deixe-me beijar teu ouvido,
gostarás, disso não duvido...
Veja como os olhos meus
estão procurando os teus...
Venha... vamos dançar,
e depois... vamos nos amar...

Novas adesões como a do refinado baiano Dorival Caymmi, além das harmonias elaboradas de Custódio Mesquita, o molejo de Pedro Caetano, o figurino tropicalista de Assis Valente, a sobriedade de Sinval Silva, o populismo luxuoso de Herivelto Martins e o sotaque interiorano arrastado de Ataulfo Alves conduzem o samba para outros caminhos já ao sabor da indústria musical. A ideologia do Estado Novo de Getúlio Vargas contamina o cenário e do malandro convertido (O Bonde São Januário, de Ataulfo e Wilson Batista) chega-se ao samba-exaltação cujo carro-chefe, Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, torna-se o primeiro hino brasileiro no exterior.
 
Dança
( Dueto Mary Trujillo & Alberto Peyrano )

Ven a bailar conmigo...
                   
Ven gitano a bailar conmigo,
La noche es mágica, quiero fiesta!

El mundo girando,
la luna brillando,

tus ojos de misterio,
mi cuerpo danzando...

Baila gitano, gira sin cesar,
no importa dónde todo vaya a terminar...

Hoy sólo quiero la vida celebrar
y en un torrente de magia dejarme llevar...

Más allá del horizonte, por el aire,
música vibrando, sangre en las venas y en mi mirar...

Que el mañana no exista,
que el velo se caiga...

Despiertos soñemos, soñemos hoy...

Marilena Trujillo.
 
&
            

Vengo a danzar contigo...

Vengo gitana a bailar contigo,
que vea el amanecer nuestras almas en el ritmo!

Tu pelo con flores
tu cuerpo cimbreante

tu provocación constante
y la danza uniendo...

Baila mi gitana, baila sin cesar,
importa la danza, no importa el final...

Tu boca de fuego convoca al amor
y el pandero suena, envolvente son...

y sigo tu danza, y somos dos llamas
moviéndonos siempre en la eternidad...

Mis ojos, tus ojos!
Tu cálida miel
derramada en piel
de jazmines blancos!
Qué locura es ésta
que nos arrastró...?

El día ya llega...
la alborada asoma...
Vamos hacia el sol!!!!

Alberto Peyrano

 
Rumba
 
Rumba é uma dança cubana em compasso binário e ritmo complexo que influenciou e foi incorporado ao Flamenco.
Atualmente, um dos palos flamencos possui o nome de Rumba, caracterizando-se por um estilo mais suave e descontraente, de certa forma alegre, e de caracter menos misterioso do que os outros palos flamencos (como seria o caso da bulería).
 
 

Baila comigo

Eugenio de Sá

 

 

Com a sensualidade que há num tango

Ou com a delicadeza de uma linda valsa

Tomar-te nos meus braços e dançar contigo

Que importa seja ao ritmo louco de uma salsa

Desde que este meu corpo ao teu esteja cingido

 

 
Em termos da melodia, a escala menor harmônica não é tão utilizada quanto nos outros palos, sendo que geralmente uma escala diatônica predomina e interage em breves momentos com a menor harmônica em suas notas ciganas (o que de certo modo ajuda a manter as características do flamenco nesse estilo diferente). Um bom exemplo de Rumba (como palo Flamenco) é a canção "Entre dos Águas" composta por Paco de Lucía.
A influência de outros estilos musicais no Flamenco ocorreu majoritariamente no início do século XX, enriquecendo-o e o popularizando no resto do mundo.
 
Dança, amada..
rivkahcohen
 
Dança, amada..
Enquanto o mundo permite
que juntos fiquemos,
enquanto ele decide
em que momento
envia os loucos sedentos.
 
Queria prender
esse momento na memória.
Poderiam passar mil vidas,
nele o certificado, a prova
do quanto nos amamos,
ragazza mia!
 
Dança, amada
que nosso tesouro,
para o mundo, não é nada,
mas nós nos sabemos
e o que significamos
um para o outro.
 
Quem sabe
alguém escreva
sobre nossa vida
e haja quem lastime
e diga:
Que amor sublime!
Que pena..
 
Em homenagem ao pintor judeu
nascido na região da Toscana
Amedeo Modigliani e sua Jeanne.
Morto aos 36 anos.
Jeanne, não suportando,
atira-se do quinto andar de um prédio,
grávida de nove meses..
 
"Seus olhos, só pintarei quando
conhecer sua alma."
rivkahcohen
Flamenco
 
O Flamenco é um estilo musical e um tipo de dança fortemente influenciado pela cultura cigana, mas que tem raízes mais profundas na cultura musical mourisca. A cultura do flamenco é originária da Andaluzia em Espanha, mas tornou-se um dos ícones da música espanhola e até mesmo da cultura espanhola em geral.
 
O “Novo flamenco” é uma variação recente do flamenco que sofreu influências da música moderna, como a rumba, a Salsa, o pop, o rock e o jazz
 
Abraça-me
 
Tere Penhabe  
 
 
Vem comigo nesse sonho
 
por um dia ou por um ano

importa é não perder os passos

dessa dança louca que vivemos.
 
 
 
Abraça-me...

Esquece a eternidade, ela é agora

desfruta desse sonho que é só nosso

não diga nada, não é preciso

nossos olhos falarão por nós.
 
 

Abraça-me...

Dança comigo só mais um pouquinho

depois o tempo o levará pra longe

eu seguirei sempre sozinha, eu sei

mas não é hora ainda...

Abraça-me!
 
 
Originalmente, o flamenco consistia apenas de canto (cante) sem acompanhamento. Depois começou a ser acompanhado por guitarra (toque), palmas, sapateado e dança (baile). O “toque” e o “baile” podem também ser utilizados sem o “cante”, embora o canto permaneça no coração da tradição do flamenco. Mais recentemente outros instrumentos como o “cájon” (uma caixa de madeira usada como percussão) e as castanholas foram também introduzidos.
 
 
Dança e Contradança
 Delasnieve Daspet

É excitante o jogo da sedução...
Existem códigos claros,
com variações infinitas,
ciência inexata,
que as vezes maltrata!

 O jogo da caça, as vezes,
 é mais excitante que a conquista,
é delicioso o mel que embriaga
o mágico   instante do " cerco" ...

Como medir esta tabela ?
Como saber se o objeto do desejo
Também esta interessado ?

Tudo se resume em sinais
que o corpo emite
sem nos darmos conta...

Uma leitura sutil, um gesto,
Um tom de voz, um baixar de pálpebra,
um não sorrir...dará a resposta
da possibilidade que se busca!

Depois da conquista - a dificuldade:
como manter a chama acesa ?
Tudo segue seu curso, nada pára...
Como evoluir este encanto,
é o que se pergunta!

A sedução é uma dança
e uma contradança...
Necessita, sempre, de movimentos
próximos que a união propicia,
...e do êxtase que o amor nos dá!

 

Dança Cigana

Os ciganos adoram dançar. A dança nasce com eles no momento em que abrem os olhos para enfrentar a dura vida de cigano. Desde criança os ciganos ouvem e dançam as seguidillas, a rumba, as alegrias e o flamenco - ritmos e sons tradicionais - produzidos pelas guitarras, violinos, violões,   acordeões, címbalos, castanholas, pandeiros, palmas das mãos e batidas dos pés, que aprendem desde cedo com parentes e amigos nas festas da kumpania (acampamento).

 

VOCÊ ENFEITIÇOU MEU CORAÇÃO !!!
Celina Miranda.

Embalada nessa linda canção,
faria dos meus sonhos realidade.
Passaria a noite toda a bailar ,
para meus sonhos poder realizar.
Dançaria abraçada e sonharia,
que você sempre iria me amar...


Contigo dançaria a noite toda ,
embalada em seus braços.
Colaria meu corpo junto ao seu ,
para sentir seu perfume.
Esse perfume é o seu cheiro,
que embriaga meu ser...

Cada música que tocasse,
sentiria seu coração acelerar.
Você me abraçando ,
  me beijando sem parar.
Num frenesi com paixão,
quando o alvorecer chegasse .
Você me diria eu lhe amo ,
 no primeiro dia que lhe conheci...


Quando o dia amanhecesse ,
nós nos amaria com loucura .
Só pararia quando o dia fosse dormir,
 começaríamos tudo novamente.
Quando a lua aparecesse ,
no luar dessa noite.
 Selaríamos nosso amor,
para sempre ...


 Quando a noite chegar de mansinho ,
vai testemunhar nosso amor .
Você com seu bailado embalou meu coração,
nessa dança você enfeitiçou meu coração.
Agora vou lhe dizer eu amo você,
com eterna paixão...

Não existem ciganos profissionalizados através da dança cigana e sim aqueles que fazem apresentações apenas para divulgar esse lado tão belo e cheio de magia dessa tradição que a todos fascina.

A dança cigana não é portanto, encarada como um ofício pelos ciganos. Montagens de balé e de óperas (como Carmen, de Bizet) são representadas por profissionais de balé não-ciganos (gadjes). Ciganos não freqüentam academias nem aulas de dança, pois quando dançam, o fazem com  a alma, o coração e os movimentos naturais do corpo, sem nenhuma coreografia pré-concebida.

 
Fado

   O Fado é, hoje em dia, um símbolo mundialmente reconhecido de Portugal, desde há muitos anos representado no estrangeiro por Amália, e mais recentemente por Dulce Pontes, entre outros. Pelo mundo fora, ao nome do nosso país, associam-se de imediato duas coisas: as toiradas e o Fado. Adquirindo diversas formas consoante seja cantado no Porto, em Coimbra ou em Lisboa, o Fado é, por direito próprio, a expressão da alma portuguesa.
O nosso país está, desde o seu nascimento, embebido num cruzamento de culturas. Foram primeiro os diversos povos que habitaram a zona que mais tarde se transformaria em Portugal e que deixaria os seus traços, foram os que invadiram o país já depois do seu nascimento, e são, ainda hoje, os diversos povos que aqui habitam e que contribuem para uma cultura comum. É neste sentido que é complicado apontar com toda a certeza a origem do Fado, mas todos os estudiosos garantem que esta remonta há muitos séculos atrás.
        A explicação mais comumente aceite, pelo menos em relação ao fado de Lisboa, é de que este teria nascido a partir dos cânticos dos Mouros, que permaneceram nos arredores da cidade mesmo após a reconquista Cristã. A dolência e a melancolia daqueles cantos, que é tão comum no Fado, estaria na base dessa explicação.
 
 
A Relíquia de um País
Pedro Valdoy
 

Fado falado
atravessa as ruelas
e os caminhos de Deus
seguem sem destino
 
Fado cantado
no encanto de uma Amália
com seu chaile
e sua voz até vem das estrelas
 
As tradições
mantém-se pelos séculos
até o cansaço de uma vida
que desperta um país
 
Fado de amor
que trespassa corações doridos
e nunca esquecidos
que ultrapassam o tempo
 
O choro de uma guitarra
sentido na atmosfera
de uma casa de fados
sem hora marcada
 
Os sons
eternizam-se
espalham-se por este país
que é Portugal
por naus das descobertas
 
Reis e senhores
no embalar
de uma guitarra portuguesa
no encanto do fado
 
Canção chorada
ressentida
e exclusiva
de qualquer cantadeira do fado
 
É assim Portugal
pequeno país
á beira mar plantado
e reconhecido pelas descobertas.
 
Lisboa Julho 2006

        Há no entanto quem diga que na realidade o fado foi entrou em Portugal, mais uma vez pela porta de Lisboa, sob a forma do Lundum, uma música dos escravos brasileiros, que teria chegado até nós através dos marinheiros vindos das suas longas viagens, cerca de 1822. Só após algum tempo é que o Lundum se foi modificando, até se ter transformado no nosso Fado. A suportar esta hipótese está o facto de que as primeiras músicas dentro do género estavam de ligadas não só ao mar como às terras para lá daquele, onde habitavam os escravos. Veja-se o exemplo de uma das músicas cantadas pela Amália, chamada "O Barco Negro", que fala precisamente de uma sanzala.
        Uma outra hipótese considerada remonta o nascimento do fado à idade média, à época dos trovadores e dos jograis. Já nessa altura se encontravam nas músicas características que ainda hoje o facto conserva. Por exemplo, as cantigas de amigo, que eram os amores cantados por uma mulher, têm grandes semelhanças com diversos temas do fado de Lisboa. As cantigas de amor, que eram cantadas pelo homem para uma mulher, parecem encontrar parentesco no Fado de Coimbra, onde os estudantes entoam as suas canções debaixo da janela da amada. Temos ainda, da mesma época, as cantigas de sátira, ou de escárnio e mal dizer, que são ainda hoje mote tão frequente do fado, em críticas políticas e sociais.
 
Cachopa da Beira-Rio
Maria Petronilho


Cachopa da beira rio
dei meu coração ao mar
sou filha da foz do Tejo
passo a vida a navegar
meu coração um veleiro
com velas de ir e voltar
peregrino companheiro
está partido e a chorar
de si só guardo metade
onde a outra irei buscar?
num paraíso distante
Vera Cruz, hei-de chegar!
cachopa da beira rio
com saudades de abalar
e encontrar essa metade
que tanto choro a cantar
meu fado é esta tristeza
quando te irei encontrar?
só perto do meu olhar!

 
 
Dança do Ventre

Na Turquia a dança do ventre é chamada "gobek dans". A dança foi criada sobre a influência de muitas culturas e até hoje continua a se desenvolver. Uma das suas polêmicas origens pode ter sido Grega. Alguns historiadores acreditam que a dança era parte de rituais religiosos. Já outros acreditam que a dança do ventre teve origem no Egito. Para mulheres da Arábia Saudita a dança era considerada sagrada e não podia ser vista pelos homens.
No inicio do século, a dança do ventre foi apresentada em Chicago com o nome francês: "danse du ventre" razão pela qual foi traduzida para o Inglês como "belly dance" e para "dança do ventre" em Português.
 
Dança da Sedução
Maria Thereza Neves


ventre em o n d a s
num contorcer como serpente
dança o coração
corpo-alma

impulsos exalando desejos

magia da magia
volúpia que aflora
sedutora
desnudando cheia de intenções
sinuosa entre véus
fantasias
movimentos de quadris

o olhar entre véus
instigando mãos e dedos
sensações de prazer procurando o prazer

leveza em poesia
sonhos repletos de romances
conquistas
amor
paixão

desejos de seduzir sendo seduzida
possuir sendo possuída
controlando e se deixando levar
.
magia da magia
dança dos véus
do ventre febril numa espiral
eletricos volteios
sensualismo quente
ardente
sinuoso
cabeça e olhos
corpo
num jogo de alma-sedução.

Independente de fronteiras e culturas a "dança do ventre" tem um estilo próprio. Ha vários pontos que diferenciam a dança oriental das outras formas de dança e revelam sua origem. A dança do ventre tem tradição em ser associada com a religião e elementos eróticos. Esta ambigüidade fez com que a "dança do ventre" fosse desprezada e amada por muitos. Sua origem aparente é relacionada ao culto de fertilidade na antiguidade.
 
Enlouquece-me Nesta Dança
Zena Maciel
 
Vem meu moreno gostoso
Dê-me a honra de dançar
Encosta este teu corpo cheiroso
no meu a te procurar
 
Aperta-me bem forte
Dê-me um cheiro no cangote
Arrepia-me com teus  beijos de mel
Leva-me ao  infinito céu!
 
Sou tua gata manhosa
Faceira e dengosa
Pedaço de mal caminho
Vestida de sedução
 
A noite é toda  nossa
e de mais ninguém
Nesta dança gostosa
Excita-me neste vai e vem
 
Girando.. rodando...rodando...
Nos braços dos sonhos bailando
Vem me enlouquecer
Com o fogo deste teu amor
esta noite quero acender!


A dança oriental é unicamente feita para o corpo feminino, com ênfase para os músculos abdominais. O bumbum e o pescoço se movimenta também. A dança é tradicionalmente dançada com os pés descalços, sendo caracterizada por ter movimento sensuais do dorso alterando balanços diversos.
 
Soneto Para Dizer Nada

© Nathan de Castro

Somente o verso acalma o meu poeta
e acende a passarada das manhãs.
Voar fica mais leve se a caneta
sabe a saudade e o gosto das maçãs.

O amor foi um presente, e me completa,
mesmo perdido e longe das canções...
A vida sem paixão é paz deserta,
sem lágrimas, perfumes e emoções.

Feliz, busco a palavra que não disse,
e digo nada... E nada é muito mais
do que todos as letras que cumprisse

para enfeitar meus cantos madrigais.
Tenho a emoção do verso e essa doidice
de ver uns colibris nos meus umbrais.


As dançarinas geralmente usam também um instrumento musical para ajudar a dar ritmo a dança. Ha também dançarinas que usam cobras, espadas, véus e candelabros. Estes apetrechos teriam poderes mágicos e também protegiam os povos mais primitivos. As cobras são claramente ligadas com misteriosas culturas antigas. Ela é um símbolo complexo que representa o masculino e feminino e também a imortalidade na forma da cobra comendo o seu próprio rabo.
 
Solta o som! 
  
Rosa Pena

 

Que tom tem o momento dos seus olhos fixados em meu rosto? Que som tem o instante da delicadeza do seu sorriso? Que cifra decifra a suavidade de suas mãos deslizando em meu corpo? Que timbre tem sua língua que dá o compasso exato na minha? Que clave tem o seu gemido que faz o meu corpo subir meio-tom? Que nota tem o seu arfar na decolagem e no pouso? Que compasso é esse que Deus criou, dando as medidas perfeitas para essa melodia que não desafina nem antes, nem durante nem depois? Fecha a porta, invada meu corpo em sustenidos e canta ela pra nós dois. Fica em replay. É tanto amor que não cabe em uma vez. Você é o cavalheiro, o compositor, o cantor e o DJ. 

— A festa?
— Ah! É prive e toda nossa! Essa prosa é só amostra.
 

Hoje na Turquia, a dança do ventre é muito popular. Você podera ver na televisão e também em festas de casamentos e de circuncisão. Os espectadores pagam a dançarina colocando sobre a sua roupa notas de dinheiro. Esse é um costume comum em festas diversas.
 
 
A DANÇA DA CHUVA
Regina Bertoccelli


Num lindo bailado chega a chuva,
em respingos suaves molhando
a noite, beijando as flores...
Chega junto uma suave brisa que
mesclada com o perfume das rosas
inebria meus sentidos
Dançando em meu jardim,
bate ela à minha janela me convidando
para o nascer do sol contemplar
Suas delicadas gotículas
reluzem sobre a terra fértil
que agradece, que reverencia
Dança chuva, dança...
Refresca a natureza,
banha meus sonhos...
 
 
"Por vezes já me interpelaram se eu colocava o amor
mais alto do que a arte,
e eu sempre respondi que não podia separá-los,
pois só o artista pode ser o verdadeiro amante.
Só ele tem a pura visão da alma,
para os que podem contemplar a beleza imortal"
Isadora Duncan
 
 
NO COMPASSO
Otávio Coral
 

Despem-se as palavras
Firmam-se as mãos
Os gestos se harmonizam

Em sintonia, a música de fundo
Enriquece-se de levezas
Apagando as dissonâncias teimosas

Na calma da noite estrelada
A memória é uma máquina silente
Que reproduz os sonhos dos instantes
 
*****
Pesquisas nos sites :
https://cliquemusic.uol.com.br/br/Generos/Generos.asp?Nu_Materia=29
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tango
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bolero
https://cliquemusic.uol.com.br/br/Generos/Generos.asp?Nu_Materia=26
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rumba
https://pt.wikipedia.org/wiki/Flamenco
https://www.business-with-turkey.com/guia-turismo/bellydp.shtml
http//www.salves.com.brt/gypdanc.htm
 
 
instrumentais_carmen_cavallaro_la_vie_en_rose.mid
 
 
16 de Julho de 2006
TTNeves e Rivkah