De um canto
qualquer...
Rivkah Cohen
Olha do
terraço,
entre uma conversa e
um trago
a vida que se
enviesa.
Não dá para ver ao
certo
se o vizinho do
lado
está num
campeonato
ou sofre um
assalto.
Na mesma
calçada,
infinitos
fatos
e na rua
transversa
um negócio, uma
entrega
ao homem no
asfalto,
devidamente
computado
a quem sorri e
conversa.
De um canto
qualquer
se
observa.
Mas se
perguntado,
nega,
se
encobre.
Não se vê quem
é,
mas no dia
exato
o
asfalto
ao terraço
sobe
e de forma esnobe é
dividida a festa.
Se
descoberto,
finjo que não
vi,
finges que não me
conheces.
No
jornal,
só o nome do Bem-te-vi,
e do
Amaral.
Enquanto no alto
espaço,
com um simples abraço,
se
agradece..