Abro o
armário
que só eu tenho a
chave
e o que
guardo,
só meu espírito sabe.
Às vezes olho de
lado,
em outras, meu
eu
faz questão de analisar...
Puxa, como doeu,
como fui capaz de suportar?
Vejo umas peças
rasgadas,
lá no fundo
socadas
como se escondesse
do mundo
o quanto me deixei machucar.
Outras, carinhosamente dobradas
tentando manter a
cor,
o perfume, o amor,
o olhar de uma
pessoa
que me foi muito
amada..
Aproveito para tirar algo
de dourado sentido,
mas que em relação a uma vida,
não durou sequer um dia
e neste armário
não tem razão de ficar.
Em minha vida, sou rainha,
uso do poder para sobreviver
e não mais chorar..
Majestade!
Disseram:
é a realidade;
quer ver, ouvir?
Não, não quero!
Ela sempre me fere.
Façam-na seguir;
não a quero fitar!