Logo ali...
via-se nos olhos daquela menina,
ruindo nos escombros onde nasci,
tateando quantos sonhos e sinas,
crendo na vida em que quase morri.
E o relógio de pulso no tempo da cicatriz,
floresceu a mulher que outrora vencida,
o libertário vôo que abraça esse colibri,
que sobreviveu pela devassada trilha perdida,
e aos percalços na vida que eu quase perdi.
De tempos em tempos, a boneca de olhos azuis,
mostra a princesa guerreira que foi e que é,
e quando a vejo por instantes, que seja logo ali...
embalo o som que me chega desse brado de fé,
e aqueço à criança no mesmo berço de onde saí.
Sandra Ravanini