SÓ ELA!
Rivkah
 
 
 
Não... nem tentemos falar!
Ninguém!
 SÓ ELA,
 sabe dessa dor.
SÓ ELA,
 sabe o que faltou.
SÓ ELA,
sabe o que é não poder voltar.
 
Como desejaria,
quem sabe,
uma semana, 
só mais um dia,
para poder sentir,
acarinhar,
dizer que ama
e se despedir...
 
Olha de longe
tentando não acreditar..
Olha atentamente,
desejando que alguém lhe diga
 que seus olhos mentem...
 
Senhora!
Essa é uma ferida
que nunca vai sarar!
Passarão os dias,
ninguém mais vai se lembrar,
mas a Senhora..
infelizmente terá o resto de sua vida,
para lembrar,
 sentir
 e chorar..
 
 
 

“Abraço Da Saudade”

 

Ò minha Mãe querida

Parto sem ti

Deixo-te para trás em pranto

Só com as recordações...

 

Ó minha Mãe amada

Não olhes mais para mim

Para meu corpo menino

Despedaçado pela ira dos elementos

 

Ò minha super Mãe

Tu sempre foste a mais bela

A melhor de todas

Como nenhuma outra jamais

 

Ò minha delicada Mãe

Deixa-me agora ir por ora

Ver-nos-emos lá nos Céus

Quando chegar tua hora

 

Ò minha boa Mãe

Tende paciência

Ora por mim

Mas por favor!...

 

...Nunca percas a fé...

Porque eu te esperarei...

Leve o tempo que levar

Para te abraçar outra vez...

 

Escrito em Homenagem a todas as Mães, tanto as que foram, como às que ficaram, e a todas as criançinhas, tanto ás orfãs, muitas das quais, não lhes restou a Mãe ou o Pai, ambos reclamados pela Trágica Onda, como às que também partiram, como numa troca, em que Pais e Filhos foram trocados pelo Destino repentino, tendo uns ficado e outros partido trocados e baralhados, levados por algo muito Maior que nossas pequenas e vãs insignificantes fragilidades física e espiritual de nossa simples condição Humana...

 

Escrito em Luanda, Angola, por manuel de sousa, a 6 de Janeiro de 2005, em continuado apelo à ajuda e ao estender de mãos em sinal solidário e de ajuda, de quem pode prestar um pouco de carinho e assistência moral ou espiritual, que seja, a todos os que ainda padecem de profunda dor e infinita perda...  

Ainda homenageamos todos os Nobres Poetas e Poetisas que, há imagem de alguns que aqui nos acompanham fielmente e nós, a eles, continuam incansavelmente a escrever e a sentir a dor de incomensurável pesar, mantendo o apelo aos sentimentos e à humanização de todos nós, para com a solidariedade que todos devemos, como pudermos e acharmos melhor, prestar a esta tão elevada causa, que a todos nós deve afectar e ligar, unindo-nos numa corrente de fraternidade inquebrantável e fortíssima, como nunca antes visto ou testemunhado por ninguém (Viva toda a Humanidade)...