te impõe o homem,
perdulário e ateu!
Agride fauna e
flora, alheio ao crime
de estragar o que
Deus nos concedeu!
O ar, o sol, o
azul que esmalta o espaço,
o homem faz réus
de equívocos critérios;
enche os céus
desse trágico bagaço
de pós mortais e
gases deletérios!
Quando se rouba à
mata a ave inocente
e polui-se a
mercúrio a água dos rios,
é nessas horas que
o Senhor pressente
o quanto somos
maus e somos frios!
Da árvore que
estala, vindo ao chão,
evola-se um
lamento ao infinito,
mas não o ouve o
autor da infanda ação,
pois só Deus é
capaz de ouvir tal grito!
Natureza: viemos
de outras plagas
pra crescer nos
reencarnes sucessivos,
mas te enchemos de
pústulas e chagas,
inda presos a
instintos primitivos!
Falhos que somos
desde os cromossomos,
de nós tirai,
Senhor, machado e serra;
lembrai-nos que,
afinal, nada mais somos
que meros
forasteiros sobre a Terra!
--- oOo ---
PREITO À NATUREZA
Humberto Rodrigues Neto
Ah... Natureza! Que cruel
regime