Pela seriedade do back,
já podem prever
que nada de alegre
venho lhes dizer..
Afinal, tudo que temos
de puro, de belo
reside lá dentro!
Veja que situação..
O mundo tenho percorrido,
já vi de tudo que é feio,
como a morte da ilusão,
já fiquei
diante do que é bonito
e com o coração aflito,
peço sua atenção..
Veja o que está acontecendo..
Tem uma criança,
lá dentro, se debatendo,
sem ar, sem respiração,
se segurando com força
nas paredes do meu coração.
Na verdade,
por mais que não me ouça
ela sente que está morrendo
e busca uma solução
para sair do perigo..
Já tentou
através do choro
e agora, com ingenuidade
está aos gritos,
contra a determinação
do que já foi estabelecido.
O que posso fazer?
Ninguém pode viver tanto!
Eu falo,
Falo
Explico,
mas não adianta,
está em prantos!
Provocando
um nó na minha garganta
que não sei o que vai ser!
Por isso,
sem burburinho ou alarde..
Se alguém souber de um jeito tranqüilo,
de uma morte suave,
tenha a bondade de me escrever!
...*...
Ouço teu grito a me chamar
e quero te explicar :
__Também já tive minha criança
a adoecer e no meu caminhar
cheguei até a desesperança
sentindo o brilho ofuscar,
a brincadeira a perder a graça,
a vontade de, ao passado voltar,
só de pirraça.
Mas te afirmo, minha irmã,
são fases ,apenas , fases.
Aguarde o amanhã nascer
Ela, a menina ,voltará a renascer!!!
olga kapatti.k ( 25/06/05)
...*...
A essa criança... eu dou-lhe a mão!
Dou-lhe as veias, plenas de vida,
emoção.
rios que nascem e desaguam no meu
coração.
A essa criança, Riv... eu dou-lhe o
meu olhar...
Dou-lhe as mãos, para o sol tocar.
Dou-lhe a água dos meus sonhos.
O riso do meu pão.
Ah, Riv...
Essa criança que está em ti...
E que nos teus poemas li....
Essa criança-esperança...
Não a vou deixar morrer...
Ah, NÃO!
Dá-me TU a tua mão.
Segura-te ao meu escrever de
menino...
E vamos pelo mundo espalhar...
Que a paz é possível...
Que querer a pomba viva não é sonhar!
Beijo nos teus olhos, Riv
Filipe Miguel
...*...
Lutou com
sagacidade!
E
aos gritos, afinal, se revolta
a valente
criança
que recusa a sorte dada
nesta inusitada empreitada
Se existe algo
a ser feito
é acolhê-la em
teu peito
esteja ferido
ou não
Não fales!
Cala-te, apenas
Escuta-a!
Acolha o seu
canto
entalhado no triste pranto
Não digas
nada!
Deixa que o nó
se desfaça
no ritmo do
embalo
da cantiga de
ninar
que cantarás
para ela
Abraça a menina bem
forte...
Embala a menina,
embala...
Ela só quer
soluçar
até esgotar
sua dor
Deixa a menina
chorar!
Para
quem essa morte suave?
Quem há de
sobreviver?
Não mate a
menina
Tem pena!
Ela só precisa
encontrar
um jeito outro
de olhar
para esse
mundo tão feio
E um meio de
suportar
as dores
imensas, sem fim...
do mundo que
existe lá fora
tornando o
mundo lá dentro
mais fácil de
se habitar!
Flori Jane
26/06/2005
...*...
Abandonado
HELÔ ABREU
Criança a te
pensar esquecido
lá para além das cartas e das horas,
e dum corte de vida
e um adeus forçado.
e te pensei tantas vezes adormecido
lá para dentro do sarcófago
onde deitam os infelizes
os maltrato os abandonado.
e te chorei por te pensar para além da linha
que se tornou ponto
que se tornou nada
lá para além das cartas e das horas,
e dum corte de vida
e um adeus forçado.
e te pensei tantas vezes adormecido
lá para dentro do sarcófago
onde deitam os infelizes
os maltrato os abandonado.
e te chorei por te pensar para além da linha
que se tornou ponto
que se tornou nada
mas dentro de
mim
criança amada
és tudo
sempre
serás.
...*...
...*...
...*...
SEM FAVOR
Rosângela para
Rivkah
Criança presa
na garganta...
Adulta
criança!
Desfaça esse
nó que se agiganta,
numa invisível
sombra sem ar;
que trava
sorrisos, sem respirar;
que escora no
perigo,
entristece o
sonhar!
Sem burburinho
ou alarde,
de um jeito
bem tranqüilo,
determino a
morte da morte,
que insiste
rondante
sufocando um
semblante.
Criança,
você presenciou da ilusão,
algumas
perdas...
Determinou não
mais sonhar,
resolveu não
mais amar...
Ordeno!
Ilumine a
sombra,
encha o peito
de ar,
faça sorrir o
coração...
Reencontre o
motivo da lida,
faça valer dos
amores,
o amor maior
que a vida...
Cante!
Solte a canção
ainda presa.
Grite!
Cada vez mais
alto!
Expulse do
coração a dor,
veja na frente
o amor...
Olhe para
cima, para dentro,
para os lados,
sem momento!
Ame o amor sem
tormento!
BH/MG
25.06.2005
Rosângela do
Valle Dias
...*...
MENINO HOMEM
Luiz Poeta (sbacem-rj) - Luiz Gilberto de Barros
Às 21 h e 24 min do dia 27 de junho de 2005,
especialmente para Festa_Baile, na carona de
Rivkah
Quando o silêncio se instala
No teu olhar cristalino
Há sempre um anjo-menino
Que sobre os sonhos te fala.
E antes que digas não,
Sem perguntar tua idade,
Ele convida a saudade
E a põe no teu coração.
Então, um sono tranqüilo
Te habita, suavemente
E todo amor que tu sentes
Tem nova luz, novo brilho.
Pois há um menino travesso
Que provoca a fantasia
Traz com ela a poesia
E te põe pelo avesso
Faz cócegas na tua dor,
E vai secando teu pranto,
Enche tua vida de encantos,
E mexe com teu amor.
Mas quando, enfim, tu despertas,
No instante em que ele se vai,
Na tua face deserta
De dor... uma lágrima... cai.
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