rivkahcohen/ Theca Angel/ Luíza Benício /Adília Oya/Graça Ribeiro/Thereza Neves/ Vanderli Granatto/Vera Hernandez/ Sonia Salete/Naida Terra/Rosenna
Epicentro
Luíza
Benício
Nunca
a minha dor
Será
maior que a sua
Mas
sinto-a tal qual fosse
Pois
a guerra existe
O
homem mau exulta
Em
fazê-la viva
Aumentando
as armas
Odiando
irmãos
Nunca
ele cresce
Desejando
paz
Quer
se respeitando
Buscando
o amor
Despreza
a plenitude
Do Reino de Deus!
...*...
EPICENTRO
ADILIA
MONTEIRO AGUIAR OYA
DA
DOR.. LÁGRIMAS
QUE
CORTAM E NÃO SE CICATRIZA.
VAI
FUNDO,PARALISA MUNDO,
OLHOS
QUE SE ESPANTAM,
MAS
NÃO SABES O QUE SINTO...
SÓ
QUEM SABE DO QUE
CORTA
SÃO OS QUE PERDEM,
UMA
SAUDADE QUE NÃO SE ESQUECE,
UM
VAZIO DE UM SILÊNCIO
DO
QUE SE VAI...
DO
HORIZONTE DO MEU DEUS
VISUALIZO
E IMAGINO,
SEQUER
QUERO TE FAZER
ENTENDER...
É
O CENTRO DO FIM,
O
EPICENTRO....O VAZIO!
JAPÃO 8 DE JANEIRO DE 2009
...*...
Epicentro
Graça Ribeiro
para
dar sentido ao pássaro ferido
que me pede para voar sem
asas
Deixo
no verso o que não esqueço
tento
me livrar dessa dor tamanha
que
teima queimar no meu peito
Deixo
muito de mim por onde passo
para
que ao sentir comigo o que faço
toda
poesia se transforme em abraço
Abraços
que abraço com o grito mudo
mas
que dão ao meu coração alento
nestes tempos de palavras ao vento....
...*...
Maria Thereza Neves
vôo para o miolo da alma
escondo da
estupidez humana
na incômoda solidão
guardando íntimos desejos
em
silêncios covardes
tento escrever uma poesia densa
renascer a cada
verso
mas minha vontade
é pertencer aos telhados
ser o grão levada
pelo vento
ao chão dos abismos
distorcer -me em miragens
voltando ao seio do êxtase-poemas
ou em fragmentos azuis da alma
guardando os pedaços-restos
das caminhadas ainda
vivas.
Epicentro
Vanderli
Granatto
A
dor inclemente,
permanente
é nua.
Nos
olhos fechados, marejados,
A
vencedora se
insinua.
O
grito de clemência ecoa,
Pelo
espaço voa...
Destruição
da força,
Que
o eleva ao céu
Caminhos
ao léu.
Revolta
contra o mal
Abalo
mental
Resignação;
triste final,
Pra
quem tanto espera
da
vida, afinal.
Abatido...
Vazio...
Até a hora da libertação total.
...*...
Epicentro
Vera Hernandez
( GAMINE )
Dor maior não existe.
Não grito...
Não choro...
Não reclamo...
Me calo!
Se clamo e proclamo,
muitas vezes, essa dor, é
para servir como exemplo.
Fiquei nessa dor de minh'alma e coração
porque perdi.
Perdi para a vida...
Perdi para a morte...
Logo eu que me considerava a melhor,
a maior, a que tudo sabia.
Nada sou...
Nada fui...
Nada serei...
Nada ficou...
Sonhos desfeitos.
Luzes apagadas.
Vidas perdidas.
Chorei todas as minhas lágrimas.
Hoje, restaram apenas...Olhos secos...
Vida amarga...
Saudade doída e sofrida.
Apedrejada pela vida.
Apedrejada pelos comentários.
Que pena, não?
Perdeu!
Coitada...
Nem sabia!
Fui enganada!
Desencantada!
Desrespeitada!
Vida...Vida...Vida...
Onde está você, vida minha?
Saiba, minha vida, dói muito!
Dói demais!
Sofro calada!
Olho-me no espelho e ainda
sou tão bela, tão jovem, tão cheia de vida.
Mas...
Sofri e sofro!
Não quero mais lembrar, mas lembro.
Olhos secos!
Sentimentos objetivos.
Palavras diretas.
Sem muita piedade.
O que restou, vida minha?
RESTOS DOS MEUS FARRAPOS!
Eu...Mais Eu...Nada de você!
Apenas eu...
Apenas restos...
Apenas desencantos e tristes recordações.
Perdão, VIDA!
Perdão, DEUS!
Perdão, FILHOS!
Perdão, FAMÍLIA!
Perdão, AMIGOS!
Nada mais sou...Juro que tento...
MAS NÃO CONSIGO!
Esse meu epicentro...
Será sempre...
Minha total loucura!
PS: SE AINDA ME AMAS, ESQUEÇA-ME!
MORRI!
Vera Hernandez
( Gamine )
...*...
Epicentro
Naidaterra
Me diga quem puder
o que dói mais, um rasgo
profundo na matéria
ou a alma em gritos de agonia...
E dor se instala detentora
do corpo e da mente num ponto
estratégico e culminate,
provocando em cada um de nós
uma forma intensa de se expressar...
Não importa, dói, dói e dói...
...*...