às vezes...             
                                josemir tadeu
 
 
 
 
Às vezes sou música triste...
Perco-me entre as lágrimas.
Penetro no inconsciente mórbido,
que só faz chorar com o Belo,
mas mantenho aspecto leve e singelo.
Não importa quais sejam as lembranças,
que as notas soltas
trazem para minha mente rota.
Para onde o acorde me leva?
Momento passado.
Triste, macerado?
Sim, um sofrer carcomido.
Porém vivido...
 
Às vezes sou música alegre.
Repleto de acordes breves,
que puros
clarejam o meu futuro,
fazendo com que o obscuro,
relaxe-se...
E bailo, canto, grito, falo.
Pois que a melodia faz-me super-homem.
Se chorei de alegria?
Prefiro dizer que sorri por entre as noites,
e durante os dias...
Prefiro correlacionar o ato de amar,
ao que me faz mais confortável.
A esse momento admirável,
onde flui com leveza a tenra melodia,
costumo denominar magia...
 
Em realidade sou música.
Ela contagia.
Alumbra-me, me inebria.
Faz-me super-homem,
pois que mesmo os acordes tristes,
expõem meus sorrisos,
que feito guizos,
inseridos no todo
constróem a orquestra dos meus sonhos.
Às vezes tristes, às vezes alegres,
mas sempre vivificados, risonhos.
 
Sabe?
Às vezes,
sou pura e simplesmente
música...
No todo que ela traz.
Na paz da qual ela se faz semente...
 
josemir (ao longo...)

 

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