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Waldemar Levy Cardoso marechal reformado do Exército Brasileiro, detentor do bastão de comando da Força Expedicionária Brasileira |
Nasceu no Rio de Janeiro( Rua Evaristo da Veiga) a 4 de dezembro de 1900,mora na Rua Tonelero, em Copacabana,
De mãe judia franco-argelina e pai de origem portuguesa nascido no Rio Grande do Sul.
Casou com Maria da Glória de Oliveira, filha do proprietário da Fazenda Paraíso.
Educado na religião judaica, ele se converteu ao catolicismo aos 53 anos de idade, quando servia em Itu como coronel
A conversão foi um processo que se iniciou na Itália, onde comandou o
Primeiro Grupo de Obuses e participou da conquista de Monte Castelo, durante a
2ª Guerra Mundial.
Num dia em que se extraviou da posição das tropas brasileiras, entrou em uma
igrejinha para pedir informação. O vigário disse que não sabia como ajudar, mas
o convidou para ver uma preciosidade de sua paróquia - uma relíquia de Santa
Bárbara, mártir cristã de grande devoção popular.
"Ao sair da igreja, andei alguns metros e logo vi a bandeira do Brasil
tremulando no posto que eu havia perdido", conta o marechal.
Ao ouvir essa história, dez anos depois, o cardeal d. Carlos Carmelo de
Vasconcelos Mota, arcebispo de São Paulo, mandou vir da Europa outra relíquia da
santa para dá-la de presente a Levy Cardoso, na época comandante do regimento de
Itu.
Duas coincidências: Santa Bárbara é a padroeira da artilharia, e sua festa é
celebrada em 4 de dezembro, dia do aniversário do marechal.
Mesmo que tenha se convertido ao catolicismo, Levy Cardoso recebeu uma homenagem
como ex-combatente judeu pela comunidade judaica no ano passado, na comemoração
dos 60 anos da tomada de Monte Castelo.
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cadete - 1917 |
Após ser Anistiado e já tenente,logo tomou parte da Revolução de 30,sendo promovido a capitão.
"Só não entrei na rebelião de 1922 porque ela já tinha terminado quando a notícia chegou, com seis horas de atraso, ao quartel de Itu (SP), onde eu servia".Naquela época um telefonema de São Paulo para o Rio levava até oito horas para dar linha.
"Fui preso uma vez em 1924 por ser contra o governo e outra em 1932 por apoiar o governo, por curiosidade no mesmo presídio militar, na Hospedaria dos Imigrantes."
De 1935 a 37 frequentou o Curso de Estado Maior como Major.
Em 1944,na II Guerra Mundial, tenente-coronel, foi integrado na Força Expedicionária Brasileira, onde em Itália tomou parte na Batalha de Monte Castelo,comandando o 1º Grupo de Artilharia Auto-Rebocado.
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Egito - 1945 |
Nos dias 24 e 25 de novembro, Monte Castelo é atacado pela Task Force 45 (N.E.: Força-Tarefa 45) a que estava adido o III 6º Regimento de Infantaria, sem resultado. No dia 29, dá-se o terceiro ataque ao mesmo Monte Castelo (o primeiro sob comando brasileiro), com resultado negativo e, a 12 de dezembro, novamente é tentada, pelo comando brasileiro, a tomada do citado Monte, mas sem resultado. Com esta ação, encerra-se o ano de 1944.
No ano de 1945, a 8 de fevereiro, parte do Rio de Janeiro o 5º Escalão, chegando a Nápoles a 22 do mesmo mês. No dia 21, é realizado, pela FEB, o quinto ataque (terceiro brasileiro) ao Monte Castelo, sendo, desta vez, conquistado, constituindo-se em uma das mais brilhantes ações da força brasileira, nos campos de batalha da Itália.
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Monte Castelo |
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coronel - 1953 |
Em 1953, comandou o Segundo Regimento de Obuses 105 em Itu, até ser promovido a general-de-brigada em 1954, duas semanas antes do suicídio de Getúlio Vargas.
Em 1957, foi nomeado Chefe do gabinete do ministro da Guerra, general Henrique Teixeira Lott.
Depois do Golpe Militar de 1964 na deposição de João Goulart, foi nomeadochefe do departamento de Pessoal do Exército.
"Na noite de 31 de março de 1964, há 42 anos, Levy Cardoso, então chefe do
Departamento de Provisão, assistia a uma reunião de conspiradores com o general
Castelo Branco, quando o general Costa e Silva redigiu um comunicado sobre o
movimento contra Jango e assinou o documento com a data de 1º de abril. Estava
certo, pois já era madrugada desse dia, mas o general Ernesto Geisel discordou.
"Geisel sugeriu que Costa e Silva escrevesse 31 de março, para que a data não se
tornasse motivo de pilhéria, uma vez que 1º de abril é o dia da mentira",
recorda Levy Cardoso.
Em 1966 passou à reserva,já com a patente de marechal, pouco antes de a patente ser extinta por Castelo Branco, em 1967.
"Fui elevado a marechal quando ainda estava na ativa", por mérito
Em 1967/69, foi nomeado presidente do Conselho Nacional do Petróleo.
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ex-presidente da Petrobrás |
Em 1969, assumiu a presidência da Petrobras,deixando-a no mesmo ano.
De 1971/85, foi conselheiro da Petrobras.
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